Gato com drogas embrulhadas no corpo é apreendido na porta de presídio no Panamá
Os felinos são enganados com alimentos nos presídios para que voltem com as substâncias ilícitas
Um gato foi apreendido nesta sexta-feira (16), na entrada de uma prisão panamenha, com drogas embrulhadas em seu corpo, informaram as autoridades do país centro-americano. O felino foi surpreendido por guardas e unidades policiais do lado de fora do presídio Nueva Esperanza, na província caribenha de Colón, cerca de 80 quilômetros ao norte da Cidade do Panamá.
De acordo com as investigações, o gato foi interceptado enquanto se dirigia à cerca do perímetro do centro penitenciário, que abriga mais de 1.700 presos.
"O animal tinha um pano amarrado no pescoço que continha duas embalagens" com "material vegetal, quatro embalagens com pó branco forradas com plástico transparente e outra com folhas", explicou Andrés Gutiérrez, diretor-geral do Sistema Penitenciário do Panamá.
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O procurador do setor de tráfico de drogas de Colón e Guna Yala, Eduardo Rodríguez, disse ao canal Telemetro que o gato possivelmente transportava cocaína, crack e maconha.
As autoridades suspeitam que, para transportar drogas, os animais são enganados com alimentos nos presídios para que voltem com as substâncias ilícitas. A mercadoria é colocada em seus corpos fora da cadeia ou nos pavilhões dos complexos penitenciários, segundo os especialistas.
Depois da captura do gato, a Procuradoria Antidrogas de Colón e Guna Yala anunciou no Twitter que havia iniciado "investigações sobre o uso de animais para a transferência de substâncias ilícitas para o Centro Penitenciário Nueva Esperanza".
Na mensagem, a promotoria acrescenta duas fotos, uma das quais mostra vários pacotes com um suposto pó branco em seu interior, enquanto a outra mostra um gato, também branco, com um pedaço de pano amarrado ao corpo.
O Ministério do Governo informou que, assim que as provas foram recolhidas, o gato foi entregue a uma fundação de defesa dos animais. No Panamá, há mais de 18 mil presos distribuídos em 23 prisões, a maioria delas superlotadas.
Anteriormente, as autoridades panamenhas já haviam identificado tentativas de narcotraficantes de introduzir drogas nos centros penitenciários por meio de alimentos, roupas, pombos e até drones.
Em 2020, o Panamá apreendeu 84 toneladas de drogas, principalmente cocaína, enquanto em 2019 confiscou seu número recorde: 90 toneladas.