A Índia, submersa em uma grave crise sanitária, superou, nesta quarta-feira (27), a marca de 200.000 mortos por covid-19, cuja variante local já foi detectada em pelo menos 17 países, enquanto a Europa registrou 50 milhões de infectados desde o início da pandemia.
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A Índia, quarto país com mais vítimas fatais por covid-19, atrás de Estados Unidos, Brasil e México, superou os 200.000 óbitos depois de registrar mais 3.000 mortes em 24 horas pela primeira vez.
A nação de 1,3 bilhão de habitantes, a segunda mais populosa do planeta depois da China, também registrou um grande número de contágios em apenas um dia: 360.000. Os crematórios trabalham sem pausa, a lenha acabou em alguns estabelecimentos e as famílias precisam fornecer o próprio combustível.
A explosão de casos é atribuída à variante indiana e às grandes manifestações políticas e religiosas das últimas semanas. O Reino Unido enviou à Índia um primeiro carregamento de 100 respiradores e 95 concentradores de oxigênio. França, Canadá, Itália, Estados Unidos, Suíça e Rússia também anunciaram ajuda.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que não sabe ainda se o maior índice de mortalidade se deve a uma variante mais agressiva ou à situação do sistema de saúde indiano, ou a ambos.
Esta variante, conhecida cientificamente como B.1.617, foi detectada em mais de 1.200 sequências de genoma em "pelo menos 17 países", anunciou a OMS. Entre eles estão Reino Unido, Estados Unidos, Singapura, Bélgica, Suíça, Grécia e Itália.
"A B.1.617 tem uma taxa de crescimento mais elevada do que outras variantes que circulam na Índia, sugerindo que é mais contagiosa", afirmou a OMS.
Presença do vírus preocupa a Europa
A presença do vírus preocupa a Europa, no momento em que vários países começam a flexibilizar as medidas de restrição. A Holanda suspendeu o toque de recolher e autorizou a reabertura dos terraços e varandas entre 12h00 e 18h00.
Na Itália, onde os cinemas e as salas de espetáculos reabriram parcialmente na segunda-feira, o famoso Teatro alla Scala de Milão anunciou a reabertura para um público limitado de 500 pessoas, que poderão assistir a três concertos em maio.
Mais de 50 milhões de pessoas foram infectadas pela covid-19 na Europa desde dezembro de 2019.
Enquanto isso, a busca mundial por mais imunizantes continua. O Reino Unido anunciou que vai comprar 60 milhões de novas doses da vacina Pfizer/BioNtech, enquanto a Turquia solicitou 60 milhões do medicamento russo Sputnik.
No mundo, o vírus já matou pelo menos 3.137.725 pessoas desde dezembro de 2019 e mais de um bilhão de doses de vacinas já foram administradas.
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