OMS libera vacina da Moderna contra covid-19 para uso emergencial
Até agora, a OMS tinha homologado a vacina da Pfizer-BioNTech, os dois fármacos da AstraZeneca fabricados na Índia e na Coreia do Sul e o da Johnson & Johnson, chamado Janssen
A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu nesta sexta-feira (30) a homologação de emergência para a vacina contra a covid-19 da Moderna, a quinta a receber essa aprovação da agência sanitária da ONU. Esta vacina, baseada na tecnologia de RNA mensageiro, "se soma à lista crescente de vacinas validadas pela OMS para uso emergencial", indicou a agência da ONU em um comunicado.
Até agora, a OMS tinha homologado a vacina da Pfizer-BioNTech, os dois fármacos da AstraZeneca fabricados na Índia e na Coreia do Sul e o da Johnson & Johnson, chamado Janssen. Espera-se que em breve se tome uma decisão sobre as duas vacinas chinesas, Sinopharm e Sinovac.
Este procedimento contribui para que os países que não têm recursos para determinar se um medicamento é eficaz e inócuo, possam acessar mais rapidamente o mesmo; e também permitirá ao sistema Covax - implantado pela OMS com outros cinco parceiros para distribuir vacinas anticovid em países desfavorecidos - ter mais vacinas.
A vacina desenvolvida pela Moderna, uma empresa emergente pioneira em vacinas contra a covid, tem características parecidas à desenvolvida pela Pfizer-BioNTech, com 94,1% de eficácia. Essa vacina americana foi autorizada na União Europeia, nos Estados Unidos, no Reino Unido, em Israel e Singapura, entre outros países.
Em 21 de janeiro foi examinada pelo Grupo Estratégico Consultivo de Especialistas (SAGE) sobre vacinação, encarregado de emitir recomendações sobre as vacinas.
O grupo recomendou que a vacina seja usada em todos os grupos etários a partir dos 18 anos. Os especialistas da OMS recomendam, ainda, que a vacina da Moderna seja administrada em duas doses com intervalo de 28 dias, embora tenham apontado que a segunda injeção pode "ser adiada em 42 dias" (seis semanas) em circunstâncias excepcionais, como grave crise sanitária ou escassez de doses.
No entanto, não recomendam reduzir a dose à metade.