11 de setembro: há 20 anos, ataque às torres gêmeas do World Trade Center estarrecia os Estados Unidos e mundo
Os atentados deixaram 2.996 mortos, incluindo 19 terroristas
Há exatos 20 anos, em 11 de setembro de 2001, o mundo ficou estarrecido com um ataque terrorista aos Estados Unidos: em menos de duas horas, dois aviões se chocaram contra as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, e as levaram abaixo. Além disso, um outro avião foi enviado ao Pentágono. Os atentados deixaram 2.996 mortos, incluindo 19 terroristas.
Na manhã daquela terça-feira, o primeiro ataque foi destinado à torre Norte do complexo industrial do World Trade Center, às 8h46. Na ocasião, muitas pessoas achavam se tratar de um triste acidente, no entanto, às 9h03, para a surpresa da nação, um segundo avião se chocou contra a torre Sul. A partir desse momento, a mídia passou a tratar o caso como um atentado.
Minutos seguintes, outros dois aviões caíram em outros locais: um no Pentágono, centro de planejamento militar do governo em Washington, e outro em uma região desabitada do estado da Pensilvânia. Logo após, foi descoberto que os ataques tinham partido do grupo terrorista al-Qaeda, em que 19 militantes sequestraram quatro aviões.
Em consequência do ataque, os Estados Unidos declararam a chamada Guerra ao Terror. Dessa forma, o primeiro alvo foi o Afeganistão, também 2001, no qual os EUA alegaram que o país escondia o mentor dos atentados, o terrorista saudita Osama Bin Laden. Já em 2003, os americanos entraram em confronto com o Iraque, que foi acusado de abrigar armas de destruição em massa.
"Os ataques fizeram com que houvesse uma mudança no paradigma geopolítico e geoestratégico, que deixou a dinâmica de política doméstica dos Estados Unidos mais dura", explicou o cientista político Elton Gomes.
Após os ataques dia 11 de setembro, os Estados Unidos, portanto, colocaram como uma das prioridades do país a segurança. "Existe o antes e o depois do atentado. Após ele, a segurança se tornou uma das prioridades políticas externas, principalmente com questões que envolvem o Oriente Médio, falou.
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EUA atualmente
Vinte anos depois, a emoção segue intensa em um país que ficou em estado de choque com os atentados de 11 de setembro de 2001. A dor ainda está viva nas famílias dos mortos. "Tenho a sensação de que acabou de acontecer", afirma Monica Iken-Murphy, viúva de um agente da Bolsa de 37 anos que trabalhava no 84º andar da Torre Sul.
O presidente Biden e sua esposa Jill são aguardados em Nova York para participar na cerimônia de homenagem, durante a qual, como acontece a cada ano, serão lidos os nomes das 2.977 pessoas que morreram nos ataques.
O casal presidencial, que será acompanhado por outros ex-presidentes na cerimônia, seguirá pouco depois para a Pensilvânia e ao Pentágono, onde também prestarão homenagens às vítimas e depositarão coroas de flores. Não está previsto nenhum discurso do chefe de Estado.
O Marco Zero de Manhattan, onde ficavam as Torres Gêmeas, se tornou um local de peregrinação e homenagem aos falecidos. Os dois edifícios foram substituídos por um monumento, uma imensa fonte com formato de piscina cujas paredes funcionam como suaves cascatas e têm os nomes gravados das vítimas.
De um lado, no museu memorial do 11 de setembro estão expostos um pedaço da escada por onde alguns sobreviventes conseguiram escapar de maneira milagrosa, pedaços do muro dos edifícios transformados em uma massa de escombros, vigas de aço retorcidas pelo calor do fogo provocado pelo impacto dos aviões carregados de combustível, fotografias das vítimas e a reconstituição com imagens do que foi aquele dia frenético que deixou mais de dois bilhões de pessoas no mundo grudadas diante das TVs, rádios ou telas de computadores.