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Ômicron já foi detectada em seis países das Américas, diz Opas

Dados preliminares indicam que a ômicron, detectada pela primeira vez pela África do Sul em 24 de novembro, pode reinfectar com mais facilidade pessoas que já tiveram covid-19 ou foram vacinadas do que as variantes anteriores, mas também pode causar uma doença mais leves

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AFP

Publicado em 08/12/2021 às 22:44
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A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) informou nesta quarta-feira (8) que a variante ômicron do coronavírus já foi detectada em seis países das Américas e pediu que as pessoas se vacinassem e redobrassem os cuidados para evitar novas infecções.

Argentina, Brasil, Canadá, Chile, México e Estados Unidos relataram casos da nova cepa, disse a diretora da Opas, Carissa Etienne, em uma entrevista coletiva, alertando que é apenas uma "questão de tempo" antes que ela circule em outros países.

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"A chegada de uma nova variante não significa necessariamente que as coisas vão piorar, mas significa que devemos estar mais vigilantes", explicou.

Dados preliminares indicam que a ômicron, detectada pela primeira vez pela África do Sul em 24 de novembro, pode reinfectar com mais facilidade pessoas que já tiveram covid-19 ou foram vacinadas do que as variantes anteriores, mas também pode causar uma doença mais leves, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Etienne frisou que a delta continua sendo a variante predominante no mundo, mas alertou que todas podem causar doenças graves ou morte e pediu o redobramento dos cuidados com prevenção, principalmente durante o período de festas no fim de ano.

Os casos de covid-19 aumentaram na semana passada no Canadá e em partes do México, como Baja California, bem como no Panamá, Trinidad e Tobago e outras pequenas ilhas do Caribe. Na América do Sul, Bolívia, Peru e Colômbia continuam experimentando um aumento constante de infecções.

Diante desse cenário, Etienne pediu a aceleração dos esforços de vacinação na região, onde 20 países ainda não atingiram a meta traçada pela OMS de imunizar 40% da população até o final do ano.

De acordo com a Opas, no ritmo atual, até seis países - Haiti, Jamaica, São Vicente e Granadinas, Guatemala, Santa Lúcia e Granada - podem ficar para trás.

"A situação mais preocupante é no Haiti", afirmou o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, lamentando a "baixíssima cobertura vacinal" devido à crise política e ao terremoto que atingiu este ano este país caribenho, o mais pobre das Américas.

A Opas insistiu que os grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas com comorbidades e povos indígenas, deveriam ser uma prioridade nas campanhas de vacinação para evitar mortes e o colapso dos sistemas de saúde.

 

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