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GUERRA RÚSSIA E UCRÂNIA: Putin diz que única alternativa para defender Rússia era atacar Ucrânia

''O que está ocorrendo atualmente é uma medida forçada'', disse o presidente russo

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AFP

Publicado em 24/02/2022 às 14:24 | Atualizado em 24/02/2022 às 14:35
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A Rússia não tinha nenhuma outra alternativa para se defender além de lançar suas tropas contra a Ucrânia, afirmou nesta quinta-feira (24) o presidente Vladimir Putin, depois que Moscou lançou uma invasão contra o país vizinho durante a madrugada.

"O que está ocorrendo atualmente é uma medida forçada, já que não nos deixaram nenhuma outra forma de proceder", declarou Putin em uma reunião com empresários transmitida pela televisão.

A Rússia informou que reprimirá qualquer manifestação "não autorizada" que se realize no País contra a guerra na Ucrânia. O Ministério do Interior, o Ministério Público e o Comitê de Investigação russos advertiram os cidadãos russos contra qualquer ação de protesto.

O Comitê de Investigação destacou que os participantes em concentrações sobre "a situação tensa em matéria de política externa" ou em distúrbios enfrentarão processos judiciais. "Recordamos que os apelos para participar e a participação direta em tais ações não-autorizadas trarão graves consequências judiciais", alertou.

Advertências

Por sua vez, o ministério público indicou ter feito "advertências" às pessoas que incitam à participação em manifestações de protesto contra a guerra na Ucrânia. O Ministério do Interior avisou que as concentrações serão "ilegais" e que a polícia "tomará todas as medias necessárias para garantir a ordem pública".

Algumas contas nas redes sociais emitiram apelos aos cidadãos russos para se concentrarem hoje à noite em Moscou e em São Petersburgo para protestar contra a guerra. A oposição russa foi, contudo, dizimada nos últimos dois anos e os seus líderes foram presos ou obrigados a exilar-se.

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Crise na Ucrânia após invasão militar da Rússia - ARIS MESSINIS / AFP
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Clima de tensão é crescente na Europa - Yuriy Dyachyshyn / AFP
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Crise na Ucrânia após invasão militar da Rússia - Yuriy Dyachyshyn / AFP
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Crise na Ucrânia após invasão militar da Rússia - OLGA MALTSEVA / AFP
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Crise na Ucrânia após invasão militar da Rússia - SERGEI SUPINSKY / AFP
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Ataques da Rússia à Ucrânia - Aris Messinis / AFP
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Explosões na Ucrânia já deixaram mortos e feridos logo após invasão russa - ARIS MESSINIS/AFP
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Militares russos invadiram a Ucrânia por diversos pontos - DANIEL LEAL / AFP
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Rússia invade Ucrânia e exército toma Kiev - DANIEL LEAL / AFP
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Famílias ucranianas acordaram em meio às explosões - ARIS MESSINIS / AFP
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O presidente russo, Vladmir Putin - ALEXEY NIKOLSKY / SPUTNIK / AFP

O principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalny, está atualmente na prisão, no âmbito de um processo que ele considera político e enfrenta novas acusações num julgamento iniciado há vários dias e no qual incorre numa pena de prisão de mais dez anos. Navalny declarou-se hoje contra a guerra russa na Ucrânia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Luhansk", no Leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira (21), e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado por toda a comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico-Norte (Otan), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

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