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RAINHA ELIZABETH MORREU: saiba os curiosos privilégios que a monarca tinha

Entre seus inusitados privilégios como soberana britânica, a rainha Elizabeth II não precisava de passaporte e comemorava seu aniversário duas vezes por ano

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Amanda Azevedo

Publicado em 08/09/2022 às 19:22 | Atualizado em 08/09/2022 às 19:28
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Da AFP

Entre seus inusitados privilégios como soberana britânica, a rainha Elizabeth II não precisava de passaporte nem carteira de motorista, comemorava seu aniversário duas vezes por ano e era dona de todos os cisnes e esturjões do país, que agora serão herdados por seu filho, Charles.

- Nem passaporte, nem habilitação -

A rainha podia viajar sem documentos e, diferentemente dos outros membros da família real, não tinha passaporte, um documento que é emitido em seu nome, portanto, não podia conceder a si mesma.

DANIEL LEAL / AFP
Rainha Elizabeth podia dirigir sem carteira - DANIEL LEAL / AFP

Por esse mesmo motivo, tinha um regimento privilegiado em matéria de condução de automóveis, já que era a única britânica isenta da obrigatoriedade da habilitação para poder dirigir.

 

- Dois aniversários -

Elizabeth II soprava velinhas duas vezes ao ano: no dia de seu nascimento, 21 de abril, na intimidade, e durante as celebrações oficiais de seu aniversário, realizadas tradicionalmente no segundo sábado de junho, para escapar do mau tempo.

De acordo com o site oficial da família, historicamente os aniversários dos monarcas britânicos são comemorados em dias diferentes de seus nascimentos caso a data não seja no verão.

- Sem voto -

Como chefe de Estado, devia observar uma estrita neutralidade no plano político.

Assim, não votava e não podia se candidatar a cargos eleitorais. Porém, era ela quem abria as legislaturas do Parlamento e empossava o primeiro-ministro, com quem se encontrava regularmente.

- Cisnes, golfinhos e esturjões -

Elizabeth II não reinava só sobre os britânicos. Há vários séculos, os cisnes que vivem livres nas águas do país são considerados propriedade do monarca britânico.

Todo ano, esses animais são objeto de uma meticulosa recontagem no rio Tâmisa, uma tradição que hoje faz parte das políticas de preservação ambiental.

A mesma prerrogativa real se aplica aos peixes esturjões, golfinhos e baleias nas águas ao redor do Reino Unido.

- Corgis -

A rainha era uma grande amante dos corgis - uma raça de cachorro de patas curtas do País da Gales - ao ponto de ter criado ela mesma uma longa linhagem desses cães, que podiam passear com total liberdade pelo Palácio de Buckingham e que foram imortalizados junto a ela em fotografias e pinturas.

STF / AFP
Rainha Elizabeth e seus corgis - STF / AFP

Sua paixão começou com Susan, a primeira corgi que ganhou de presente quando completou 18 anos, em 1944. Segundo a imprensa britânica, a rainha parou de criá-los por temer que ficassem órfãos após sua morte.

Mas seu filho Andrew a presenteou em 2021 com dois cães dorgi (cruzamento entre dachshund, o “cão salsicha”, e corgi) para animá-la durante a hospitalização de seu marido, o príncipe Philip, que morreu pouco depois. No entanto, só um deles sobreviveu.

- Primeiro e-mail em 1976 -

Muito antes do grande público ouvir falar de internet, Elizabeth II foi a primeira monarca a enviar um e-mail, em 1976, durante uma visita a uma base militar.

Vinte e um anos mais tarde, lançou o primeiro website oficial da família real britânica.

- Poeta oficial -

A cada 10 anos, a rainha atribuía a um poeta de "importância nacional” o cargo honorário de poeta real, que é acompanhado de um barril de xerez como recompensa. Essa tradição remonta ao século XVII.

Mas só em 2009, a primeira mulher, Carol Ann Duffy, obteve o título. Ela escreveu poemas para o casamento do príncipe William em 2011, o 60º aniversário de coroação da rainha em 2013 e o casamento do príncipe Harry em 2018. Em 2019, foi substituída por Simon Armitage.

- Fornecedor real -

De champanhes franceses a bebidas gaseificadas, passando por pequenos produtores britânicos, as marcas que abastecem a Coroa têm o privilégio de expor o brasão real em seus comércios. Uma grande honra e, sobretudo, um formidável argumento de venda para os escolhidos.

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