Tragédia

Trabalho de buscas por sobreviventes segue após colapso de ponte na Índia

Nove pessoas foram detidas por envolvimento com acidente que matou mais de 130 pessoas

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Publicado em 01/11/2022 às 22:27
SAM PANTHAKY / AFP
EM MORBI Colapso de uma ponte suspensa deixou pelo menos 130 mortos - FOTO: SAM PANTHAKY / AFP
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Equipes de resgate continuam a busca por corpos após o colapso de uma ponte suspensa, que deixou pelo menos 130 mortos em Morbi, para onde o primeiro-ministro indiano Narendra Modi viajou nesta terça-feira.

As dúvidas se multiplicam sobre a possível causa da tragédia ocorrida no domingo em Morbi, no estado de Gujarat.

Nove pessoas foram presas por acusações de assassinato no desabamento desta estrutura de 150 anos recém-consertada.

A ponte de pedestres estava cheia de pessoas que comemoravam o último dia do festival Diwali. Entre os mortos estão 47 crianças.

Imagens terríveis das câmeras de segurança mostraram a estrutura instável afundando quando os cabos se romperam. Centenas caíram no rio, enquanto outras se agarraram desesperadamente aos restos da ponte e pediram ajuda no escuro.

"Ouvi gritos e um estrondo alto e depois silêncio. Depois, lentamente, choro e gritos", contou à AFP Madhvi Ben, uma sobrevivente de 30 anos.

Ben disse que sua perna estava emaranhada em uma "corda de metal", deixando-a quase completamente submersa e que lutou para se libertar.

"De alguma forma, tampei meu nariz, empurrei e liberei minha perna do cabo. Peguei outro cabo e escalei os restos da ponte", disse ele.

O presidente chinês, Xi Jinping, juntou-se a outros líderes mundiais no envio de suas "profundas condolências" nesta terça-feira.

Enquanto Modi observava, os socorristas circulavam com botes infláveis para tentar retirar algum objeto do fundo do rio.

"Ainda não terminamos as operações de busca porque tememos que ainda existam vítimas cujo paradeiro é desconhecido por seus parentes e que ainda não nos contataram", disse Rahul Tripathi, da polícia de Morbi.

A reforma da ponte foi realizada pela empresa local Oreva, cuja experiência se limita a relógios, bicicletas elétricas e outros produtos.

A empresa não pôde ser contatada até o momento.

Sandeepsinh Jhala, prefeito do município de Morbi, afirmou na segunda-feira que a ponte não recebeu o certificado de segurança.

As nove pessoas detidas na segunda-feira são dois gerentes da Oreva, dois subcontratistas, dois vendedores de ingresso de acesso à ponte acusados de terem vendido a mais, e três seguranças.

 

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