AFP
Sete pessoas morreram nesta sexta-feira (27) em um ataque a tiros em uma sinagoga de Jerusalém Oriental durante a oração do sabá, informou o Magen David Adom (MDA, equivalente israelense da Cruz Vermelha).
A polícia, por sua vez, indicou que o autor dos disparos foi "neutralizado".
Os Estados Unidos condenaram, nesta sexta-feira (27), o ataque mortal a uma sinagoga em Jerusalém oriental antes da visita a Israel do secretário de Estado americano, Antony Blinken.
"É absolutamente horrendo", disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Vedan Batel. "Condenamos nos termos mais enérgicos este aparente atentado terrorista. Nosso compromisso com a segurança de Israel está blindado e estamos em contato direto com nossos parceiros israelenses", acrescentou.
O ataque, em um bairro de colonização judaica do setor de Jerusalém anexado por Israel, ocorreu poucas horas depois de um bombardeio israelense na Faixa de Gaza, em resposta a disparos de foguetes do enclave palestino.
"Esta noite, por volta das 20h30, um terrorista se aproximou da sinagoga na avenida Neve Yaakov de Jerusalém e abriu fogo contra as pessoas na área", segundo um comunicado oficial.
"As forças policiais chegaram rapidamente ao local, enfrentaram o terrorista" e ele "foi neutralizado", acrescenta a nota.
Um porta-voz da polícia informou que sete pessoas morreram e o Magen David Adom (MDA, equivalente israelense da Cruz Vermelha) registrou dez pessoas baleadas.
Jenin
Uma operação israelense no campo de refugiados de Jenin, norte da Cisjordânia, deixou nove mortos, informou o Ministério da Saúde da Palestina.
No mesmo dia, outro palestino faleceu ao ser atingido por tiros de tropas israelenses em um incidente separado perto de Ramallah, também na Cisjordânia.
Israel disse se tratar de uma operação de "contraterrorismo" contra a Jihad Islâmica.
A Autoridade Palestina classificou a incursão como um "massacre" e anunciou que não irá mais cooperar com Israel em matéria de segurança.
Segundo a ONU, não eram registradas tantas mortes em apenas uma operação israelense na Cisjordânia desde o início dos registros das operações em 2005.
O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos fez um apelo para que se "coloque um fim ao ciclo interminável de violência".
Antes de se retirar, as forças israelenses "jogaram deliberadamente granadas de gás lacrimogêneo" na ala pediátrica de um hospital de Jenin, "o que provocou a asfixia de algumas crianças", denunciou a ministra da Saúde palestina, Mai Al Kaila.
"A operação ocorreu não muito longe de um hospital e é possível que o gás lacrimogêneo tenha entrado por uma janela aberta", disse um porta-voz do Exército israelense à AFP.
O acampamento de Jenin, criado em 1953, abriga cerca de 20 mil refugiados, segundo a UNRWA, agência da ONU encarregada dos refugiados palestinos.
Bombardeio de Gaza
Israel bombardeou a Faixa de Gaza em resposta aos disparos de foguetes a partir do território palestino.
O exército de Israel informou que efetuou ao menos duas séries de bombardeios aéreos contra áreas do Hamas, após vários lançamentos de foguetes em direção ao sul do país.
As explosões atingiram a cidade de Gaza, segundo correspondentes da AFP.
Nenhum dos dois lados registrou feridos. A maioria dos foguetes disparados a partir de Gaza foi interceptada pelo sistema de defesa aérea israelense.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e a Jihad Islâmica participaram dos disparos, indicou Khaled el-Batsh, uma autoridade da Jihad Islâmica, que, horas antes, havia afirmado em um comunicado que os projéteis disparados "levam uma mensagem: o inimigo (Israel) deve permanecer alerta, porque o sangue palestino derramado custa caro".
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