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Sobe para 89 o número de pessoas mortas após jejum no Quênia. Segundo as autoridades locais, o grupo se privou do alimento sob pretexto de "conhecer Jesus".
O acusado de ter levado seus seguidores a morrerem de fome no leste do Quênia é o taxista Paul Mackenzie Nthenge. O homem virou "pastor" em 2003, e já havia sido preso outras vezes desde 2017 devido pregação extrema.
Ele está no centro do que vem sendo chamado neste país do leste da África de "Massacre da floresta de Shakahola", assim chamada pelo nome da floresta onde dezenas de corpos foram encontrados, aparentemente membros da Igreja Internacional das Boas Novas, que ele fundou em 2003.
MORTES NO QUÊNIA
Mais de 80 corpos foram encontrados segundo um balanço provisório da polícia do Quênia. O presidente William Ruto denunciou uma ação de "terroristas".
A polícia havia apresentado o líder desta "Igreja" como Makenzie Nthenge em um relatório de 14 de abril, quando as forças de ordem local intervieram depois de receber relatórios sobre "cidadãos ignorantes mortos de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois de terem passado por uma lavagem cerebral".
Mackenzie Nthenge sabia que era procurado e se entregou à polícia na noite de 14 de abril.
Com seguidores em várias regiões do Quênia, a Igreja Internacional das Boas Novas conta com mais de 3.000 membros.
PRISÃO DE PAUL MACKENZIE NTHENGE
Este ano, Paul foi preso pela primeira vez por "radicalização", por ter promovido a não escolarização das crianças, afirmando que a educação não era reconhecida pela bíblia.
Pouco depois foi preso novamente "após ser vinculado à morte de duas crianças que, supõem-se, teriam morrido de fome por instruções deste criminoso", disse Japhet Koome, chefe da polícia do Quênia.