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O Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU exigiu nesta sexta-feira, 5, a interrupção da venda de armas a Israel, apontando o risco de novas violações do direito humanitário internacional e de direitos humanos na Faixa de Gaza, onde mais de 33 mil palestinos morreram desde outubro. É a primeira vez que o órgão se posiciona sobre o conflito, iniciado após o ataque do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas, em 7 de outubro.
O CDH, no entanto, não tem como obrigar o cumprimento da resolução, aprovada por 28 votos de um total de 47, incluindo o voto favorável do Brasil. Seis países votaram contra, entre eles EUA, Alemanha e Argentina, e outros 13 se abstiveram, incluindo França, Índia e Japão.
O texto também pede que Israel "acabe com a ocupação" dos territórios palestinos, incluindo Jerusalém Oriental, que "levante imediatamente o bloqueio à Faixa de Gaza e todas as outras formas de punição coletiva". O CDH pede ainda que Israel seja responsabilizado por possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
DEFESA
Meirav Eilon Shahar, embaixadora de Israel em Genebra, acusou o CDH de ter "abandonado o povo israelense e defendido o Hamas". "De acordo com a resolução, Israel não tem direito a se defender, mas o Hamas pode assassinar e torturar israelenses. Um voto sim (em favor da resolução) é um voto em favor do Hamas", disse.
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