Vários países emitiram hoje alertas contra viagens de seus cidadãos a Israel, em meio à crescente expectativa de que o Irã efetue um ataque em território israelense nas próximas horas. A eventual investida seria uma resposta à ofensiva que destruiu o consulado iraniano em Damasco, na Síria, no começo do mês.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos pediu que americanos exerçam cuidado em Israel, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza "devido à situação de segurança e ao aumento das tensões regionais".
TENSÃO POR 'PRÓXIMO PASSO'
Na Europa, o Reino Unido avisou que há "possibilidade de ataque no território israelense pelo Irã" e advertiu contra viagens ao país do Oriente Médio. "Há uma tensão crescente entre o Irão e Israel. Qualquer ação militar poderá aumentar rapidamente e representar riscos para toda a região", disse a diplomacia britânica.
A França também pediu que os cidadãos evitem viajar ao Irã, Líbano, Israel e Palestina nos próximos meses, segundo revelou o ministério das Relações Exteriores francês à agência AFP.
Já a Alemanha instou os seus cidadãos a deixarem o Irã por conta do risco de uma repentina eclosão de um conflito amplo. "Não se pode descartar que as rotas de transporte aéreo, terrestre e marítimo também possam ser afetadas por uma escalada, com possíveis interrupções nas viagens de entrada e saída do Irã", ressaltou.
ESPERA POR ATAQUE
O presidente americano, Joe Biden, disse nesta sexta-feira (12) acreditar que o Irã atacará em breve Israel em represália a um bombardeio na Síria, o que pediu que não aconteça.
"Não quero dar informação confidencial, mas minha expectativa é que será mais cedo ou mais tarde", disse o presidente americano. Perguntado sobre a mensagem que gostaria de transmitir ao Irã, respondeu: "Não o faça! Ajudaremos Israel a se defender e o Irã vai fracassar."
Os Estados Unidos anunciaram hoje o envio de reforços ao Oriente Médio enquanto Israel está em alerta diante de um possível ataque iraniano.
O Irã prometeu retaliar o ataque de 1º de abril contra seu consulado em Damasco, uma operação que atribuiu a Israel. Sete membros dos Guardiões da Revolução morreram nesse ataque, entre eles dois generais.