ASILO POLÍTICO

Ex-vice-presidente do Equador pede ajuda a Brasil, Colômbia e México

Jorge Glas está em uma prisão de segurança máxima da cidade de Guayaquil

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AFP

Publicado em 18/04/2024 às 22:09
Ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, lançou um pedido de ajuda aos líderes de Brasil, Colômbia e México, após ser preso no último dia 5, quando a polícia invadiu a embaixada mexicana em Quito - Rodrigo BUENDIA / AFP

O ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas lançou um pedido de ajuda aos líderes de Brasil, Colômbia e México, após ser preso no último dia 5, quando a polícia invadiu a embaixada mexicana em Quito.

"Estou na pior prisão do Equador e em greve de fome. Ajude-me", pede Glas ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, em um manuscrito com data de 15 de abril, ao qual a AFP teve acesso nesta quinta-feira (18).

Condenado por corrupção, o ex-funcionário está em uma prisão de segurança máxima da cidade de Guayaquil.

O governo do Equador considera ilegal o asilo político concedido a Glas um dia antes da operação policial, alegando que essa figura exclui crimes comuns. Mas o governo mexicano vê sinais de perseguição política contra o ex-vice-presidente, que se refugiou na embaixada em dezembro, quando se encontrava em liberdade condicional.

Glas, de 54 anos, agradece a López Obrador pelo asilo e lhe pede “perdão como equatoriano” pela invasão à sede diplomática.

"Existe aqui uma perseguição brutal a todos os progressistas. Somente a ajuda internacional pode fazer alguma coisa", ressalta o ex-vice-presidente em cartas dirigidas a López Obrador e aos presidentes de Brasil e Colômbia.

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Em sua mensagem a Lula e Gustavo Petro, também com data de 15 de abril, Glas afirma que foi retirado da embaixada com tortura. Petro havia anunciado anteriormente que solicitaria à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) medidas cautelares em favor de Glas, que foi hospitalizado entre 8 e 9 de abril por se recusar a receber alimentos na prisão, segundo autoridades equatorianas.

O ex-vice-presidente refugiou-se na embaixada depois que a Justiça emitiu um mandado de prisão contra ele por outro suposto caso de corrupção.

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