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Ciclone Remal deixa ao menos 16 mortos durante passagem por Bangladesh e Índia

No auge da passagem do ciclone, os ventos atingiram velocidades de até 111 quilômetros por hora

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AFP

Publicado em 27/05/2024 às 22:13
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A passagem do ciclone Remal provocou vendavais e fortes ondas nesta segunda-feira (27) nas encostas de Índia e Bangladesh, onde ao menos 16 pessoas morreram e milhares de residências foram destruídas pelas inundações.

Em Bangladesh, o ministro para a gestão de desastres, Mohibbur Rahman, informou que pelo menos 10 pessoas morreram.

"A maioria morreu esmagada pelo desabamento de casas ou muros", disse Showkat Ali, administrador do distrito de Barisal em Bangladesh, onde sete pessoas perderam a vida. Três faleceram nos distritos de Khulan e Chittagong.

Ao menos 800 mil pessoas abandonaram suas casas na região costeira do país, segundo as autoridades, e mais de 150 mil pessoas buscaram abrigo longe do mar na vizinha Índia.

No auge da passagem do ciclone, os ventos atingiram velocidades de até 111 quilômetros por hora, disse à AFP Muhammad Abul Kalam Mallik, do Departamento Meteorológico de Bangladesh.

No momento mais intenso da passagem do ciclone, os ventos alcançaram até 111 quilômetros por hora, informou à AFP Muhammad Abul Kalam Mallik, do Departamento de Meteorologia de Bangladesh.

O ciclone foi rebaixado para tempestade nesta segunda-feira, mas os ventos e a chuva ainda afetam a costa.

Grande parte das zonas costeiras afetadas fica apenas um ou dois metros acima do nível do mar, o que representa grande risco de danos durante as tempestades.

Duas pessoas morreram no distrito de Khulan, afirmou o administrador do governo local, Helal Mahmud.

"O ciclone danificou mais de 123 mil casas no distrito, incluindo 31 mil que ficaram completamente destruídas", disse.

Outra pessoa morreu em Chittagong, onde "mais de 40.000 pessoas permanecem em abrigos devido às chuvas torrenciais e aos fortes ventos", declarou à AFP o administrador Tofael Islam.

Mais de 12,5 milhões de pessoas estavam sem energia elétrica em suas residências, informou Biswanath Sikder, engenheiro chefe da 'Bangladesh Rural Electrification Board', a maior empresa pública de distribuição de energia do país.

"O fornecimento de energia será retomado quando a situação relativa ao ciclone melhorar", disse.

Na Índia, "ao menos seis pessoas" morreram, indicou Sumit Gupta, um funcionário do estado de Bengala Ocidental, três delas eletrocutadas.

Um jornalista da AFP reportou que a tormenta alagou aldeias, arrancou telhados e árvores e causou cortes na energia.

Cientistas alertam que a mudança climática provoca mais tempestades, embora as mortes registradas em fenômenos meteorológicos tenham diminuído devido aos avanços nas previsões do tempo e no planejamento para evacuações de áreas afetadas.

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