Os Estados Unidos negaram, nesta segunda-feira (12), terem oferecido uma anistia ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em troca de ele deixar o poder após as contestadas eleições de 28 de julho, declarou um porta-voz do Departamento de Estado americano em Washington.
"Não fizemos nenhuma oferta de anistia a Maduro nem a outros desde a eleição", declarou Vedant Patel à imprensa, em resposta a um artigo do Wall Street Journal que mencionava uma proposta para perdoar Maduro e seus colaboradores que enfrentam acusações nos Estados Unidos.
Washington "está considerando uma série de opções para pressionar Maduro para que devolva a Venezuela à trajetória democrática, e o continuará fazendo, mas é responsabilidade de Maduro e das autoridades eleitorais venezuelanas porem a limpo os resultados das eleições", acrescentou Patel.
ELEIÇÃO NA VENEZUELA
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE)) da Venezuela proclamou Maduro presidente reeleito com 52% dos votos contra 43% para o candidato opositor, Edmundo González Urrutia.
Mas o organismo, de viés governista, não publicou até agora as atas do escrutínio, alegando que o sistema automatizado de votação foi hackeado na noite das eleições.
Enquanto isso, a oposição assegura que González venceu as eleições com 67% dos votos e compilou em um site na internet cópias de mais de 80% das atas escaneadas.
Os Estados Unidos, assim como grande parte da comunidade internacional, pedem ao governo de Maduro a publicação das atas de votação para esclarecer as suspeitas de fraude.
O governo de Joe Biden considera que os dados apresentados pela oposição são válidos e que demonstram sua vitória.
Maduro é acusado nos Estados Unidos de narcoterrorismo.