Irã diz que interromper ofensivas de Israel contra Gaza é única forma de parar guerra
O Irã também acusou os Estados Unidos de ser cúmplice nos ataques de Israel contra regiões do Oriente Médio, afirmando que o país dá total apoio
O enviado especial do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU), Amir Saeid Iravani, afirmou nesta quarta,-feira (2) que a única forma de parar uma escalada da guerra no Oriente Médio é interromper as ofensivas de Israel contra a Faixa de Gaza, o Líbano e a Síria. "O Conselho de Segurança da ONU precisa intervir", defendeu Iravani, segundo a agência de notícias turca Andolu Agency.
O iraniano também afirmou que Teerã agiu de acordo com o direito de defesa determinado por regras internacionais e que o ataque de mísseis balísticos "foi necessário e proporcional aos contínuos atos terroristas de Israel". "O Irã está totalmente preparado para tomar medidas defensivas adicionais, se necessário, para proteger seus interesses legítimos e defender sua integridade territorial", alertou Iravani.
ACUSAÇÕES AOS EUA
O Irã também acusou os Estados Unidos de ser cúmplice nos ataques de Israel contra regiões do Oriente Médio, afirmando que o país depende do apoio americano militar e político. Hoje, o presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou apoio à Israel, mas pediu que o país não ataque instalações nucleares iranianos, após reunião virtual do G7 para discutir a crise no Oriente Médio.
Os comentários ocorreram em meio a intensificação de ofensivas de Israel em Gaza e no Líbano. Nesta tarde, militares israelenses informaram à Associated Press que oito soldados morreram em batalha contra o Hezbollah, durante a invasão terrestre no sul do Líbano. Os anúncios foram feitos na véspera de Rosh Hashana, o ano novo judaico.
A agência de notícias estatal síria SANA também reportou que um ataque aéreo israelense atingiu um prédio residencial em Damasco, na quarta-feira à noite, matando três pessoas e ferindo pelo menos outras três. Não houve comentários imediatos de Israel, que frequentemente ataca alvos ligados ao Irã ou grupos aliados na Síria, mas raramente reivindica os ataques.