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Previsões alvissareiras sobre a vacinação contra covid-19

"O Brasil venceu uma série de gargalos e se aproxima da conclamada estabilidade no recebimento de insumos para a produção nacional de vacinas contra a covid-19". Leia a opinião de Fernando Bezerra Coelho

Fernando Bezerra Coelho
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Fernando Bezerra Coelho
Publicado em 30/03/2021 às 6:12
BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Suspeita é de que a falsa enfermeira tenha usado soro fisiológico no lugar do que afirmou ser imunizante - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
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O Brasil venceu uma série de gargalos e se aproxima da conclamada estabilidade no recebimento de insumos para a produção nacional de vacinas contra a covid-19, variável estratégica na guerra que enfrentamos e que atingiu a triste marca de 310 mil mortes. Com a fabricação em larga escala pelos laboratórios brasileiros, o País avança na imunização da sua população e deve concluir, em maio, a vacinação de idosos com mais de 60 anos. Em setembro, os brasileiros com mais de 20 anos que assim o desejarem também deverão estar protegidos.

A previsão alvissareira está baseada na contratação de 261 milhões de doses pelo Governo Federal, que devem ser entregues até 31 de agosto de 2021. Se levarmos em conta apenas as vacinas Coronavac e AstraZeneca produzidas, respectivamente, pelo Instituto Butantan e a Fiocruz em território brasileiro, temos 200 milhões de imunizantes assegurados. Esse número é suficiente para que a população adulta receba ao menos uma dose, o que já reduz significativamente o número de casos graves, internações e óbitos, aliviando a pressão sobre os sistemas de saúde.

Ainda que entraves inesperados terminem comprometendo a produção nacional de vacinas, eventuais atrasos podem ser compensados pela sólida expertise brasileira para distribuir e imunizar a população de forma rápida e segura através do Sistema Único de Saúde. Ou seja, a vacinação em massa é factível, a despeito da campanha empreendida por setores da sociedade com o objetivo de desacreditar os esforços do Governo Federal para proteger a população e salvar vidas.

O surgimento de variantes mais agressivas desafia a nossa capacidade de oferecer respostas dada a rapidez do contágio e da evolução dos quadros infecciosos. Contudo, à medida que o ritmo da vacinação ganha velocidade, os números trágicos tendem a ceder. Para isso, é preciso deixar as paixões políticas de lado e agir com serenidade e espírito público, somando esforços na busca de soluções para a mais grave crise sanitária da História.

Fernando Bezerra Coelho, senador pelo MDB de Pernambuco e líder do governo do Senado Federal.

 

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