LITORAL NORTE

Mar avança na Ilha de Itamaracá e preocupa população local; assista ao vídeo

Na tarde dessa quarta-feira (8), a maré chegou a atingir 2,7 metros

JC
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Publicado em 09/04/2020 às 14:58 | Atualizado em 09/04/2020 às 14:58

A Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco, vem sendo afetada pelo avanço do mar e preocupando a população local. Em imagens gravadas no final da tarde dessa quarta-feira (8) por volta das 15h30 próximo ao Forte Orange, é possível observar a força da natureza, que preocupa as autoridades e a população local. A maré chegou a atingir 2,5 metros às 4h04 e 2,7 metros às 16h28 dessa quarta.

Segundo o presidente da Cooperativa de Turismo da Ilha de Itamaracá (Coopilha), Andrade Barão, além da preocupação com a proibição do Governo de Pernambuco em relação as praias, há também a destruição provocada pelo mar. "Estamos bastante preocupados. Não bastasse a pandemia, o avanço do mar está grande e já chegando a um metro e meio, começando a atingir a alvenaria de algumas barracas", contou.

O secretário de Meio Ambiente, Clovis Barreto, explicou a situação. "Esses fenômenos fenômenos naturais são muito ricos em características. O que a gente visualiza na Ilha de Itamaracá são movimentações de bancos de areia, isso aliado a uma série de fatores a nível mundial, como aquecimento global e efeito estufa e isso provoca também o derretimento de geleiras", disse. É como se eu tivesse um copo cheio de água com gelo. Isso já está no limite da borda do copo. E quando esse gelo derrete, a água vai transbordar. Na hora que o gelo sai do estado gasoso para o líquido, é a mesma coisa. A geleira está derretendo. O mar já tem X metros cúbicos e quando tem esse derretimento, a água tem que ir para algum lugar. Então quando a maré está alta, com volume a mais, ele tende a procurar um lugar. É natural", completou.

Para tentar conter o avanço do mar, o secretário informou que serão construídos espigões, também conhecidos como quebra-mar, na altura do Forte Orange. Segundo ele, as obras ainda não começaram por conta do avanço do novo coronavírus no Estado. "Esses espigões servem para conter a maré alta. Quando esse avanço do mar não encontra nenhuma barreira, que são os bancos de areia, criado pela própria natureza, ele não encontra nenhuma barreira", explicou.

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