Prevenção

Grupo da UFPE cria cartilha educativa sobre o uso de máscara em crianças; tire suas dúvidas

O conteúdo, desenvolvido por professores e alunos do Departamento de Enfermagem e do Centro de Educação da UFPE, faz parte de uma série de iniciativas referentes ao combate ao coronavírus

Mayra Cavalcanti Vanessa Moura
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Mayra Cavalcanti
Vanessa Moura
Publicado em 22/05/2020 às 12:14 | Atualizado em 22/05/2020 às 12:24
DIVULGAÇÃO
Criança nos braços - FOTO: DIVULGAÇÃO

Crianças podem usar máscaras? A partir de que idade? Como deve ser feita a colocação e a retirada dos equipamentos nos pequenos? Na tentativa de orientar profissionais de saúde e a comunidade durante a pandemia do novo coronavírus, professores e estudantes do Departamento de Enfermagem e do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vêm montando uma série de cartilhas com orientações sobre o novo coronavírus. Uma delas traz orientações para pais e cuidadores de crianças de como fazer uso do equipamento de proteção individual (EPI).

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Em Pernambuco, até a última quinta-feira (21), 164 crianças com idade de zero a nove anos já haviam sido contaminadas pela Covid-19, de acordo com dados presentes no Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde. Com isso, é necessário que pais e responsáveis estejam cada vez mais atentos às formas de cuidar e proteger os pequenos da doença. Enquanto nenhuma vacina é oficialmente descoberta, a única 'imunização' possível fica por conta do cumprimento das medidas de isolamento social e uso correto de máscaras de proteção.

De acordo com Vilma Macêdo, professora do Departamento de Enfermagem da UFPE e uma das autoras do projeto, foi pensando nisso, e na quantidade de dúvidas recorrentes a este assunto, que foi criada a cartilha educativa de uso de máscaras em crianças. "Percebemos que havia pouca informação científica direcionada as crianças porque o uso de máscara pela sociedade é ainda algo novo. Foi assim que percebemos a importância de divulgar informações direcionadas aos pais e cuidadores. Atualmente a melhor recomendação para esse público é o isolamento, mas havendo a necessidade de sair para um médico e serviços de vacinação, por exemplo, a depender da idade da criança é importante usar".

 

 

Entre as recomendações contidas no material estão a importância de seu uso, como ele deve ser feito nas crianças e quais cuidados tomar ao utilizá-lo. Além disso, o conteúdo também explica formas lúdicas de introduzir a presença das máscaras na rotina das crianças para que os pequenos não tenham medo de usar o EPI. "A proposta de abordar questões lúdicas e do dia a dia, surge de nossa vivência enquanto enfermeiras no atendimento às crianças. Neste momento de pandemia, os pais e cuidadores querem introduzir a máscara de todo jeito na criança, como uma forma de proteção. Mas se não for explicado nessa linguagem lúdica é ainda mais difícil para que elas compreendam. As crianças quando usam as máscaras pegam mais na face, colocam as mãos no rosto para moldar ou ajustar. Outras podem simplesmente dizer não quero tenho medo. Na cartilha, exemplificamos formas práticas dos pais estarem conversando com os filhos", explicou Vilma, que também é enfermeira atuante na área de saúde pública.

Questões como a idade mínima recomendada para o uso do equipamento também são abordadas na cartilha. Apenas crianças maiores de dois anos devem usar a máscara. Com idades inferiores a esta, há o risco de asfixia, sufocamento e a possibilidade do material ficar úmido devido à saliva, coriza ou refluxo. Outra contra-indicação da máscara é para as crianças que usam chupetas. Para os maiores de três anos, a orientação é que faça uso do material sob supervisão de um responsável, apenas quando for sair de casa para consultas ou atendimentos em serviços de saúde.

Segundo Vilma, a recepção do material têm sido bastante positiva. "Divulgamos em grupos de pais, escolas, associação de mães e aos profissionais de saúde que atendem crianças. A recepção têm sido muito boa porque além da cartilha ter sido desenvolvida em uma linguagem acessível e de fácil entendimento, acreditamos que a informação é uma grande ferramenta neste momento."

Além de Vilma, o material conta com a contribuição ativa dos professores da UFPE Ana Paula Esmeraldo, Gabriela Cunha, Maria Ilk, Weslla Albuquerque e Maria Auxiliadora, além de Ana Catarina, enfermeira e servidora na Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Todos desenvolvem pesquisas e intervenções na área de saúde da criança. Clique aqui e confira a cartilha completa. 

Outros conteúdos

O Departamento de Enfermagem, o Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Hub Educat vêm produzindo diversos outros materiais explicativos em relação à pandemia. A divulgação das ações acontece através do site e do Instagram do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. De acordo com o plano de ação do projeto, toda semana três conteúdos são publicados na plataforma, seguindo demandas identificadas por meio de pesquisas.

 


 

 


 

 


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