Com informações de Juliana Oliveira, da TV Jornal.
Quatro dias depois de um incêndio atingir o abrigo onde moram, na Rua dos Prazeres, no bairro dos Coelhos, área central do Recife, 48 migrantes venezuelanos ainda precisam de auxílio para retomar a vida.
Os refugiados dividem uma única casa, que pegou fogo após um botijão de gás explodir e deixar um ferido na manhã da quinta-feira (21), quando preparavam o almoço. Inácio Torres foi internado no Hospital da Restauração e passa bem.
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Em entrevista à TV Jornal, nesta segunda-feira (25), o líder do grupo, o Cacique Santo, pediu ajuda para se mudarem de casa e disse que estão precisando de comida. Com eletrodomésticos estragados pelas chamas, as famílias não têm como preparar refeições.
Procurada para responder sobre uma possível mudança de endereço, a Prefeitura do Recife, que paga o aluguel deste e de mais dois imóveis onde cerca de 90 venezuelanos se dividem, afirmou que, fora isso, a casa continua "em condições de habitação".
A secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife ainda falou que estão providenciando três refeições diárias desde a sexta-feira (22). Entretanto, complementou que os moradores "apresentam resistência para entrar novamente na casa, e têm agido com hostilidade diante da equipe de agentes sociais que estão realizando a entrega dos alimentos."
O município informou que está em contato com o Governo de Pernambuco para pensarem em alternativas para solucionar a questão.
A reportagem da TV Jornal visitou o local nesta segunda-feira (25). Os vestígios do incidente que os desabrigou pelo fim de semana marcavam o cenário.
Em um dos cômodos, roupas utensívlios domésticos e até alimento estava espalhado pelo chão. Na cozinha, as cinzas na parede e no fogão são lembranças do fogo deixou. As panelas que restavam ainda guardavam um pouco de comida: a única que sobrou para eles se alimentarem.
Do lado de fora, algumas roupas continuavam penduradas em um varal improvisado entre a fiação elétrica. Crianças brincavam na rua, na chuva, junto ao lixo do último fim de semana.
Entre a quinta e a sexta, o endereço foi visitado pelas secretaria estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude e as secretarias municipais de Defesa Civil do Recife e de Direitos Humanos, pelo Corpo de Bombeiros, pelo Serviço Especializado em Abordagem Social do Recife e pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).
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