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Rodoviários protestam no Centro do Recife por 100% da frota de ônibus e outras reivindicações

Concentração foi às 8h, na sede do Sindicato dos Rodoviários. Por volta das 10h, o grupo saiu em passeata pelas ruas do Centro, acompanhado por lideranças comunitárias

JC
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Publicado em 25/06/2020 às 10:38 | Atualizado em 25/06/2020 às 11:09
JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
A concentração foi às 8h, na sede do Sindicato dos Rodoviários. Às 10h da manhã, o grupo saiu em passeata pelas ruas do Centro, acompanhado por lideranças comunitárias - FOTO: JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM

Matéria em atualização.

Cerca de 100 rodoviários realizam um protesto na Rua Araripina, em Santo Amaro, Centro do Recife, na manhã desta quinta-feira (25). A concentração foi às 8h, na sede do Sindicato dos Rodoviários. Por volta das 10h, o grupo saiu em passeata pelas ruas do Centro, acompanhado por lideranças comunitárias. A reivindicação é pelo retorno por 100% da frota de ônibus nas ruas, distribuição de equipamentos de proteção individuais (EPIs), fim da dupla função e reintegração dos funcionários demitidos no final de março. As informações são da repórter Isa Maria, da TV Jornal.

Eles passaram pela pela Avenida Cruz Cabugá, ocupando todas as faixas no sentido centro. Por conta disso, o trânsito ficou complicado. Agentes da Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU) e policiais militares acompanharam a manifestação. Os rodoviários levaram cartazes e também utilizaram um carro de som.

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A concentração foi às 8h, na sede do Sindicato dos Rodoviários. Às 10h da manhã, o grupo saiu em passeata pelas ruas do Centro, acompanhado por lideranças comunitárias - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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Nessa segunda-feira (22), o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife aumentou a frota de 60% para 70%, o que representou mais 234 ônibus nas ruas. Para o presidente do Sindicato, Aldo Lima, número não supre necessidade das comunidades. "Um dos pontos da nossa reivindicação é 100% da frota nas ruas já, [porque] os trabalhadores, usuários do transporte, estão sendo submetidos a circular no ônibus lotado e arriscando suas próprias vidas", alega.

O sindicato também exige o cancelamento da demissão em massa de motoristas, cobradores e fiscais de ônibus demitidos, no final de março de 2020. "Se o próprio órgão gestor, a partir de seus representantes, alega que os ônibus não estão circulando por falta de profissionais, que sejam canceladas todas as demissões que ocorreram no dia 31 de março, que coloquem de volta os mais de 3 mil trabalhadores em seus postos de trabalho. O que a empresa não pode é demitir esses trabalhadores inclusive alegando falência, para não ter que pagar as verbas rescisórias deles", defendeu.

No dia 5 de junho, a Justiça do Trabalho concedeu mais quatro liminares em caráter provisório favoráveis aos trabalhadores demitidos. As novas decisões são válidas para as empresas Metropolitana, Itamaracá, Viação Mirim e MobiPE (antiga Cidade do Recife, que virou o consórcio MobiPE). No dia 1° de junho, outras três liminares determinaram o retorno dos demitidos das empresas Rodotur, Cidade Alta e São Judas Tadeu. Nas sete decisões foi determinado o prazo de 72 horas para retorno das atividades. As empresas de ônibus podem recorrer em até 120 dias.

O grupo segue em direção ao Palácio do Campo da Princesas, na Praça da República, bairro de Santo Antônio, onde espera ser recebido por algum representante do Governo do Estado. "Não temos nenhum agendamento mas queremos ser recebidos para tratar essa situação", disse Aldo Lima.

Resposta

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) informou que "durante a pandemia, conforme determinado em portaria conjunta SES/SEDUH/GRCT, a oferta do serviço vem sendo ajustada diariamente pelo Grande Recife Consórcio de Transporte de forma a melhor atender à população". E que, desde então, tem sido disponibilizada frota superior à demanda pelo serviço, "de forma a contribuir com as estratégias de distanciamento social adotadas pelos governos municipal e estadual. Nas primeiras semanas do isolamento social, mais de 50% da frota operou para transportar de 25 a 30% dos passageiros habituais. Atualmente, de 70% da frota opera para demanda de cerca de 40% do habitual".

A Urbana-PE afirmou que, ao promover a interrupção do serviço de transporte público, o Sindicato dos Rodoviários está descumprindo uma determinação judicial, e que este não é o "momento para ações de cunho político-partidário". "Conforme claramente demonstrado na manifestação, o Sindicato dos Rodoviários prega a desobediência a decisões judiciais e a órgãos do executivo e judiciário, revelando postura antidemocrática. Além disso, é um contrassenso pedir a ampliação da frota impedindo que a própria frota em operação possa circular. Interromper o serviço dos ônibus agrava ainda mais os desafios da mobilidade urbana no contexto atual, prejudica a operação e provoca atrasos e aglomerações nos terminais e paradas".

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