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Apac faz vistoria em municípios atingidos após sangramento de barragem no Agreste de Pernambuco

A visita técnica tem como objetivo verificar a situação das cidades e orientar as Defesas Civis Municipais a respeito das ações de resposta aos danos causados pela chuva

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Publicado em 16/06/2020 às 10:42 | Atualizado em 16/06/2020 às 11:10
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De acordo com a Defesa Civil do Estado, em termos técnico, não houve o rompimento da barragem - FOTO: REPRODUÇÃO / TWITTER

Após o sangramento da barragem privada Guilherme Pontes, localizada na área rural do município de Sairé, no Agreste de Pernambuco, na última segunda-feira (15), cidades do Agreste e da Zona da Mata do estado, por onde o Rio Sirinhaém passa, sentiram os impactos do avanço das águas. Nesta terça-feira (16), equipes técnicas da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) visitam os principais municípios atingidos pela barragem para verificar a situação e orientar as Defesas Civis Municipais a respeito dos próximos passos de recuperação e resposta aos danos causados pelas chuvas dos últimos dias na região. Os dados desta reportagem foram colhidos às 10h50.

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Até o momento, não houve atualização sobre o número de famílias prejudicadas nos municípios atingidos. O que se sabe, de acordo com o Coordenador da Defesa Civil de Barra de Guabiraba, uma das cidades fortemente atingidas, é que cerca de 400 famílias deste município tiveram que deixar suas casas. "Conseguimos evacuar toda a população ribeirinha, em um trabalho que iniciou às 9h [da segunda-feira]. A estimativa é de que 400 famílias, mais de 1,2 mil pessoas, saíram de suas casas para se abrigar em residências de familiares", explicou.

Ainda segundo Maranhão, algumas escolas do município foram liberadas para servir de abrigo aos que precisaram sair de suas casas, no entanto, a maioria das pessoas optaram por passar a noite na casa de parentes e amigos. 

Após a vistoria técnica realizada nesta manhã, novas informações serão repassadas pela Apac, tanto a respeito dos danos causados, quanto sobre as medidas de recuperação que deverão ser tomadas pelos municípios afetados. 

A barragem rompeu?

A Defesa Civil do Estado informou que, na verdade, em termos técnicos, o que houve na barragem de Guilherme Pontes não foi um rompimento, mas sim um dano estrutural, causado pelo alto volume de chuvas. "A barragem é particular e no momento que percebeu que havia uma probabilidade de rompimento foi feito um escoamento lateral. Há um grande volume de água sim, mas seguindo de forma gradual", disse a assessoria da Codecipe. 

Volume de chuvas

Segundo monitoramento pluviométrico da Apac, o município agrestino de Sairé, onde fica a barragem, acumulou cerca de 30 milímetros nas últimas 24 horas. A situação por lá, que na segunda (15) era extremamente alarmista, com 87 milímetros acumulados em apenas 12 horas, agora parece estar mais tranquila. O monitoramento aponta também que, nas últimas 3 horas, o município não teve registro de precipitações. 

A previsão do tempo para a região, nesta terçaé de céu parcialmente nublado com pancadas de chuva de forma isolada nos períodos da manhã e da noite com intensidade fraca a moderada.

Veja os municípios onde mais choveu em Pernambuco nas últimas horas

Xexéu - 106,20mm;

São José da Coroa Grande - 88,60mm;

Bonito - 79,08mm;

Barreiros - 70,71mm;

Palmares - 70,00mm;

Maraial - 64,38mm;

Tamandaré - 60,03mm;

Rio Formoso - 54,33mm.

Acompanhe a porcentagem atualizada de acúmulo de água de algumas barragens do Estado:

Tabocas, em Belo Jardim - 100,08% da capacidade total;

Pedro Moura, em Belo Jardim - 100% da capacidade total;

Jucazinho, em Surubim - 33,4% da capacidade total;

Prado, em Bonito - 78,9% da capacidade total;

Pau Ferro, em Quipapá - 101,2% da capacidade total;

Céu Azul, em Palmares - 19,9% da capacidade total.

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