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Inverno chega, e com ele o medo de moradores de áreas de risco do Grande Recife

Os mortos de outras tragédias se vão, mas quem permanece vivendo nos cenários de horror precisam conviver com o trauma e a incerteza

Maria Lígia Barros
Cadastrado por
Maria Lígia Barros
Publicado em 21/06/2020 às 15:29 | Atualizado em 21/06/2020 às 22:19
BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
Bairros nos morros periféricos da Região Metropolitana do Recife, onde ocorreram tragédias com mortes, nas frequentes quedas de barreiras nessas localidades, durante o inverno. - FOTO: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

O inverno começou oficialmente nesse sábado (20). Além de nuvens carregadas, a época mais chuvosa do ano traz consigo muita preocupação, sobretudo para quem mora em áreas de morro da Região Metropolitana do Recife. Para essa população (mais de 700 mil pessoas no Recife, Olinda, Camaragibe e Abreu e Lima), uma simples gota que cai do céu tem um significado. Pode ser traduzido em deslizamento. Medo. Impotência. Revolta. E uma sensação de dejá vu dolorosa para muitos deles.

É com esse misto de sentimentos que pelo menos 500 mil pessoas moram apenas na capital. Esse é o número oficial apresentado pela Prefeitura do Recife. Cerca de 70% do território da capital está encravado em morros.

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É assim que a dona de casa Arizineide Gonçalves da Silva, de 43 anos, precisa sobreviver. Moradora do Córrego do Curió, em Dois Unidos, Zona Norte do Recife, ela conta já nem lembrar quantas noites ficou sem descanso. Um olho no céu, outro na barreira. “Nós não temos sossego. Quando começa a chover, a gente não dorme. Ficamos fora de casa, na expectativa, olhando para a barreira, porque a qualquer momento pode haver um acidente. Sempre vigiando, as luzes todas acesas, de sombrinha aqui na rua, esperando a chuva passar”, conta.

Ela vive com o marido e os dois filhos a apenas alguns metros de distância do local onde o motorista Josafá Barbosa, de 34 anos, morreu em um deslizamento de barreira, menos de um ano atrás. As memórias daquele 24 de julho permanecem acesas. “Foi uma noite de terror. Um clamor grande. Muita gente chorando, muita correria, muito grito, muito desespero. Não foi fácil”, relembrou.

A estreita rua é cercada por morros. Josafá morava no último imóvel da via com a mulher e dois filhos. Naquela noite, por conta das chuvas que atingiam a região, as crianças tinham ido dormir na casa dos avós, mas o casal ficou. Quando a terra veio abaixo, o homem ainda conseguiu salvar a esposa. No entanto, foi atingido por uma árvore e não resistiu.

A família de Josafá se mudou e deixou para trás a casa, que hoje é uma visão de dor. Marcas escuras ficaram gravadas na parede como lembrança daquela madrugada. “A gente perdeu pessoas muito boas, vizinhos muito bons, e hoje a gente sente muita falta deles. Quando a gente olha é o mesmo que ver eles. Fica muito difícil para a gente”, lamenta Arizineide.

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Bairros nos morros periféricos da Região Metropolitana do Recife, onde ocorreram tragédias com mortes, nas frequentes quedas de barreiras nessas localidades, durante o inverno. - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
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Bairros nos morros periféricos da Região Metropolitana do Recife, onde ocorreram tragédias com mortes, nas frequentes quedas de barreiras nessas localidades, durante o inverno. - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

Durante a visita ao Córrego do Curió, na última terça-feira (16), a reportagem do JC encontrou agentes da Defesa Civil. O local é um dos que passam por intervenções da Prefeitura do Recife como parte da Operação Inverno.

Uma das encostas em frente à moradia de Arizineide recebeu lona, medida que não a tranquiliza inteiramente. “Não dá segurança”, falou. Quando há chuvas fortes, a recomendação da Defesa Civil aos que moram em zonas de risco é procurar abrigo seguros, mas ela diz que não tem para onde ir. “A gente tem parente, mas todos com suas dificuldades.”

Na mesma madrugada de 24 de julho, a alguns quilômetros de Dois Unidos, a chuva fazia outras duas vítimas na comunidade Marins de Caetés, na encosta da Mata do Passarinho, em Olinda, onde hoje moram cerca de 12 famílias. Lama e entulho vieram abaixo e avançaram sobre duas casas, matando uma senhora e um homem – Elisângela e Diego. Apenas uma das 826 ocorrências registradas em 2019 pela Defesa Civil do município.

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Eudes de Souza estava acordado quando, por volta das 1h30, escutou o estrondo do impacto. “Quando tirei o pano da janela, vi a destruição. Um negócio feio. E os gritos. Era da mulher. Fomos entrar nos escombros para tentar resgatá-la, mas estava dando choque. Chegaram os bombeiros, eles foram desligar a fiação. Deu uma ventania, a parede desceu e a viga caiu na cabeça dela”, relatou.

"O rapaz, Diego, encontramos. Ele estava dormindo na hora do acidente. Ele trabalhava no período da noite há anos, mas, naquele dia, excepcionalmente, mudou o horário do plantão. Foi trabalhar de manhã, e quando chegou de noite, cansado, entrou para dormir”, lamentou.

Mais do que a chuva, Eudes culpa as ações de contenção no morro do Passarinho pelas mortes. “Tiraram uma arvore lá em cima. Tiraram os galhos mas deixaram os troncos. Com a chuva, o deslizamento da água, o tronco escorregou e veio como uma prancha desgovernada. Despedaçou-se e, o que tinha de tijolo, derrubou”.

A residência de Eudes é uma das primeiras da vila, bem próxima dos imóveis que foram atingidos. A localização o deixa vulnerável a possíveis novos incidentes. “Medo, todo mundo sente. Quem mora lá por trás sente, quanto mais eu que moro aqui na frente. Mas eu vou fazer o quê? Só o que tem é isso aí”, afirmou.

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Bairros nos morros periféricos da Região Metropolitana do Recife, onde ocorreram tragédias com mortes, nas frequentes quedas de barreiras nessas localidades, durante o inverno. - BOBBY FABISAK/JC IMAGEM
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À época do acidente, as moradias que restaram no local foram interditadas. A família de Eudes é uma das 129 que tiveram imóveis destruídos pelas chuvas de 2019 e foram contempladas pelo auxílio moradia de R$ 130 da prefeitura de Olinda. Mesmo assim, ele precisou voltar para a comunidade porque o dinheiro não dava para quitar o aluguel do novo endereço.

“Até mês passado estava morando em outro lugar, mas não aguentei. Estou devendo 3 meses de aluguel”, confessa. A situação soma mais uma camada de drama na sua vida. O homem trabalhava autônomo, como pintor e vendedor de legumes, mas, com a pandemia, ficou sem emprego. “Vendi a carroça e o animal e fui comendo devagarzinho. Porque não tive direito a nada, nem a auxílio emergencial”.

Para piorar, desde que voltou ao logradouro, a mudança no tempo já tem provocado transtornos. “Todo inverno é assim. As canaletas cheias. O lixo sobe. Fica todo mundo ilhado. Quando mandam a retroescavadeira limpar aqui, não passa meia hora e quebra. Tem mais de uma semana que vieram. É um descaso. É muito ruim viver o tempo todo com medo que algo aconteça”, finaliza.

Apreensão vem antes de chover

Em Camaragibe, onde 80% da superfície é área de morro, segundo dados da prefeitura da cidade, o período antes do inverno já deixou estragos visíveis. Uma cratera na escadaria do morro da Rua Amendolândia, no bairro dos Estados, se aprofundou após as chuvas da última segunda-feira (15). Atravessar o buraco é uma tarefa perigosa: é preciso saltar sobre pedras e tijolos soltos pela vegetação que cresce ao lado para desviar do vão de alguns metros de profundidade. O maior risco, no entanto, é o do desabamento.

O frentista Júlio Abelardo Ferreira Filho, de 59 anos, mora há aproximadamente 20 anos no endereço. Ele é uma das 49.140 pessoas que habitam locais de risco da cidade. No ano passado, viu as escadas de uma barreira adjacente despencarem e matar sete pessoas soterradas, em um dos 120 deslizamentos registrados pelo município em 2019.

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Essa semana, a ameaça tão viva e real não o deixou descansar. É a escadaria da sua rua que lhe tira o sono. “Ela torou e suspendeu na parede do quarto dos meus meninos. Estou aqui com ar de louco”, desabafou o homem, que divide a casa com a esposa e mais quatro filhos.

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“Não estou alegando só por mim, é pela família toda. Se fosse só por mim, não estaria aqui mais não. É a necessidade”, queixou-se. Júlio diz que a prefeitura de Camaragibe se comprometeu a fazer reformas na região desde os óbitos, ano passado. O problema, alega, é que pouco mudou.

“A gente saiu, prometeram: vamos organizar’. E cadê?”. Na ocasião, Júlio e família se mudaram para uma casa no bairro de Alberto Maia. “Tive que pagar aluguel do meu bolso sem ter. A prefeitura marcou, como marcou na casa de todo mundo, um ‘xis’ com uns números e ficou por isso mesmo”, reclamou. “A situação é a mesma, de pior a pior. A gente vive com a mão na cabeça.”

Uma lona foi colocada lateralmente à cratera. Para o frentista, longe de ser suficiente. “Com a quantidade de água que desce, não tem condições”, falou.

Carlos José de Barros, 45, mora na base da encosta que está cedendo e convive com o pavor. “É revoltante. Era um buraquinho só. Deixaram uma cratera dessa aí. Prejudicando quem está embaixo. E ninguém faz nada, só faz olhar e botar paliativo; plástico não vai segurar nada”.

Nas últimas semanas, a chuva já vem ensaiando o que deverá chegar no inverno. “Todo dia acordo de madrugada para tirar o barro ali, para não invadir a casa da minha mãe. Se não derruba tudo. Já está assim há uns 15 dias”, revelou. A matriarca vive no local há 60 anos, e ele desde que nasceu. “Cada ano é pior. O muro de arrimo aqui era para estar feito há muito tempo”, cobrou.

Prefeituras tentam diminuir tragédias

As prefeituras se organizam para realizar as obras de contenção e diminuir os estragos das chuvas. Os municípios firmaram convênio com Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), mas alguns ainda esperam o repasse.

No Recife, os trabalhos que começariam em abril foram antecipados para janeiro. Como parte da ação, foi programada a colocação de 3,3 milhões de metros quadrados de lona em 16 mil pontos de risco em monitoramento. Segundo a prefeitura, “boa parte” desse planejamento já foi cumprido. A prefeitura não disse, entretanto, quanto já foi feito.

Segundo a PCR foram realizadas 50 mil vistorias nos morros da cidade, mais a execução de obras do Programa Parceria, em que o material das obras é fornecido pela prefeitura e os moradores executam o serviço. Já foram concluídas 105 intervenções esse ano. Outras 80 estão em andamento. A previsão é de entregar 500 obras até o fim do ano – em 2019 foram 115 obras, segundo a PCR. O orçamento da operação soma R$ 69 milhões em recursos próprios e R$ 30 milhões do Governo Federal.

Em Olinda, os serviços começaram em fevereiro, com a colocação de 160 mil metros quadrados de lonas em barreiras. A secretaria-executiva de Defesa Civil planeja distribuir mais 300 mil até o fim do mês. A prefeitura diz que mantém trabalhos em execução em parceria com as comunidades e supervisionado pela Defesa Civil. A pasta empregou R$ 700 mil em obras de prevenção e aguarda a verba do Governo Federal. De acordo com o secretário Manoel Correia, o valor pode chegar a até R$ 27 milhões.

Já em Camaragibe o planejamento inclui obras em nove vias da cidade. Cinco já foram terminadas. As outras quatro seguem em andamento. Todo o custo foi de R$ 4 milhões em obras e R$ 2 milhões em material.

Através da Operação Inverno de Abreu e Lima, a prefeitura afirma ter concluído a limpeza de rios e canais em uma área de mais de 10 mil metros de extensão. No momento, estão sendo realizadas a recuperação de canaletas e escadarias e a limpeza de caixas de drenagem.

Também está em fase final a licitação de um convênio com o MDR no valor de R$ 15,5 milhões para a recuperação de taludes e construção de muros de arrimo. O secretário de Habitação e Projetos Especiais, Bruno Borba, disse que o edital deverá sair até o fim do mês. “Fizemos um levantamento e os recursos necessários seriam de R$ 81 milhões para resolver problemas de encosta em todo o município. Mesmo assim, o Governo Federal elencou que só tinha R$ 15 milhões para o Brasil todo e que não tinha condições de atender”.

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