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Trabalhadores de Porto de Galinhas e outras praias de Pernambuco protestam por reabertura de atividades

Há 120 dias parados, trabalhadores fazem ato no Centro do Recife para cobrar uma posição das autoridades

JC
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Publicado em 14/07/2020 às 10:05 | Atualizado em 14/07/2020 às 12:32
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Protesto dos jangadeiros e ambulantes no Recife, nesta terça-feira (14) - FOTO: WELINGTON LIMA/JC Imagem

Há quatro meses sem trabalhar devido a pandemia do coronavírus, cerca de 50 pessoas, entre elas membros de associações de jangadeiros, vendedores ambulantes, guias de turismo e representantes de agências de mergulho de diversas cidades de Pernambuco se reuniram nesta terça-feira (14) desde as 9h, na Praça Treze de Maio, no Centro do Recife, para reivindicar um protocolo de reabertura das atividades econômicas e turísticas em toda a orla do litoral pernambucano. Com placas "Senhor Governador, precisamos trabalhar", os manifestante foram até o Palácio das Princesas, sede administrativa do Governo de Pernambuco, para cobrar uma posição do executivo. Uma comitiva foi recebida no palácio.

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Wellington Lima
Trabalhadores vão até o Palácio das Princesas - Wellington Lima
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Protesto dos jangadeiros e ambulantes no Recife, nesta terça-feira (14) - WELINGTON LIMA/JC Imagem
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Um dos articuladores do protesto, o artesão e presidente da Associação dos Artesãos e Vendedores Ambulantes de Artigos Diversos em Ipojuca (AVADIR), Carlos Nunes conta que a situação é insustentável. “Estamos há mais de 120 dias parados. O Governo do Estado já criou um protocolo de abertura de bares, restaurantes e academias, então queremos também uma solução. Só em Ipojuca são 1.100 ambulantes como toda uma família que depende desse trabalho. Essa reivindicação não é só para Ipojuca, mas se estende para todo o litoral pernambucano”, explica.

Com as atividades turísticas suspensas, muitos dos trabalhadores tem tido dificuldade de sustento. Esse é o caso de Afonso Henrique, participante da Associação dos Guias de Turismo de Porto de Galinhas, uma das áreas regiões mais turísticas do Estado que tem sido afetada pela pandemia. “Boa parte dos guias estão sem sustento, dependendo de doações de cestas básicas de ONGs. Nem todos conseguiram também o auxílio emergencial do Governo Federal.” Já Sávio Renato, presidente da Associação dos Jangadeiros de Porto de Galinhas, tem recebido o benefício da Prefeitura do Ipojuca, mas explica que não é o suficiente e, por isso, quer um diálogo com o governo para “a retomada mais rápida possível”.

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Ipojuca

A Prefeitura de Ipojuca criou, em abril, um auxílio emergencial local chamado Benefício Eventual Municipal (BEM), no valor de R$500,00 para trabalhadores informais. Segundo Afonso, não foram todas as categorias cadastradas que conseguiram. Ele alega que os guias de turismo não foram contemplados, mesmo sendo cadastrados na Secretaria de Turismo, por exemplo.

De acordo com a Prefeitura, Ipojuca foi o único município de Pernambuco que concedeu um benefício municipal durante a pandemia. “O benefício foi concedido para os trabalhadores informais que já possuíam o cadastro prévio. Cerca de 4 mil pessoas estão recebendo o auxílio, entre eles, bugueiros, jangadeiros, barraqueiros, ambulantes. No caso dos guias turísticos, como não tinham cadastro prévio na prefeitura, a legislação eleitoral não permite que recebam”, explica texto da Prefeitura. O benefício já terá a quarta parcela de pagamento.

A prefeitura da cidade se mantém na 2ª fase de reabertura, com exclusividade para práticas esportivas individuais, com permissão para banho de mar, sendo obrigatório o uso de máscara na faixa de areia. As praias ficam abertas de 4h até às 16h, mas não está autorizado cadeiras, guarda-sóis ou coolers. O banho de mar está liberado na cidade, mas o mergulho não. O próximo passo que Ipojuca dará, mas ainda não tem data, irá envolver o retorno das atividades dos barraqueiros e ambulantes na praia.

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