O Recife registrou a menor quantidade de pacientes internados em leitos de UTI de hospitais de campanha municipais desde o 1º de julho. À época, os equipamentos chegaram a ter 189 pessoas internadas em estado grave. Agora, são 133 pacientes, sendo cerca de 65% provenientes de outras cidades de Pernambuco. A capital chega à marca depois de mais de 80 dias de tendência de queda nos indicadores da covid-19.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira (6) pela Prefeitura do Recife. Em julho, a cidade respondia por 16% de todos os novos casos de Pernambuco. Em abril, esse percentual chegou a até 54%.
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Esta semana, os hospitais de campanha municipais superaram os mais de 14 mil atendimentos durante a pandemia de covid-19, mas registraram também queda de mais de 60% nesse indicador de abril para julho. Em abril, a rede fez mais de cinco mil atendimentos a pessoas com sintomas respiratórios. Em julho, o número caiu para cerca de dois mil.
O prefeito Geraldo Julio comemorou os resultados. “Os leitos criados pela Prefeitura, somados aos novos leitos do Governo do Estado, permitem que o comércio esteja funcionando, que as igrejas estejam abertas, que os restaurantes e escritórios possam ter voltado à ativa, que parques e praias estejam abertos. Se não existissem os hospitais de campanha, tudo isso ainda estaria fechado e todos ainda estariam no isolamento social”, afirmou o prefeito Geraldo Julio.
A gestão associa que a rede de saúde do Recife não colapsou nos meses mais duros da pandemia, entre abril e maio, por conta do isolamento social e da abertura de novos leitos.
A capital foi a que mais proporcionalmente mais abriu leitos para pacientes da covid-19, segundo levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
O estudo cita que o Recife criou 1.155 leitos durante a pandemia, atrás apenas da cidade de São Paulo, que abriu 1.791. A prefeitura calcula que, levando em conta o número de habitantes, a capital pernambucana fez cinco vezes mais leitos para sua população, uma vez que possui 1,6 milhão de habitantes e São Paulo contabiliza mais de 12,2 milhões.
Desde a chegada da pandemia, foram erguidos sete hospitais de campanha. Outras duas unidades de saúde também receberam novos leitos voltados para o tratamento da covid-19. Ao todo, foram quase mil leitos (aproximadamente 700 de enfermarias e mais de 300 de UTIs). A rede municipal desativou 300 leitos de enfermaria, e agora conta com 724 leitos em funcionamento, sendo 342 de UTI e 382 de enfermaria.
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