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Médicos contratados pela Prefeitura do Recife no combate ao coronavírus denunciam atrasos de salário

Os contratos foram para os meses de março, abril e maio deste ano, feitos de forma emergencial para auxiliar pacientes vítimas de coronavírus nos leitos de enfermaria e UTI

JC
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Publicado em 12/08/2020 às 12:14 | Atualizado em 13/08/2020 às 6:50
LEO MOTTA/JC IMAGEM
Foram 55 médicos contratados para a Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima, localizada em Casa Amarela - FOTO: LEO MOTTA/JC IMAGEM

Com informações da TV Jornal

Médicos contratados pela Prefeitura do Recife para trabalhar na Policlínica e Maternidade Professor Barros Lima, localizada no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, denunciaram o atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores e devem entrar na justiça. Os contratos foram para os meses de março, abril e maio deste ano, feitos de forma emergencial para auxiliar pacientes vítimas de coronavírus nos leitos de enfermaria e UTI da unidade provisória instalada na unidade de saúde.



Pelo contato direto com infectados, muitos profissionais chegaram a contrair a doença e tiveram que se afastar. Foi o caso de Carina Brito, que é clínica geral. Ela afirma que, assim como ela, os outros 54 profissionais não receberam nenhum pagamento pelos plantões trabalhados. “Saímos de casa, deixamos nossas famílias, precisamos ficar longe de pais e filhos para até hoje não receber esse salário. É uma falta de respeito com a categoria que mais se precisou no combate ao coronavírus”, desabafa a médica.

De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o débito da Secretaria de Saúde do Recife com os médicos já chega a mais de R$ 900 mil. “Os profissionais nos procuraram no início de julho para questionar após todas as tratativas com a Prefeitura, não conseguiram. Nós encaminhamos um documento oficial no dia 17 julho cobrando a Prefeitura, sendo reiterado nos dias 24 e 28 de julho”, comenta Walber Steffano, vice presidente do sindicato. A resposta era de que até o dia 10 de agosto os honorários fossem pagos aos profissionais. Como não aconteceu o pagamento, o Simepe irá fazer denúncia para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Em nota, a Prefeitura do Recife reconhece que "houve problemas técnicos e burocráticos pontuais que dificultaram o processamento do pagamento de alguns profissionais de saúde que deram plantões extras entre março e maio". A gestão municipal lamenta o ocorrido e garante que está empregando todos os esforços para efetuar o pagamento nos próximos dias.


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