Pela primeira vez, reeducandos do regime aberto, acompanhados pelo Patronato Penitenciário, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), vão auxiliar em pesquisas do projeto de preservação de espécies da flora existentes nas áreas de transposição do Rio São Francisco. O trabalho começou nesta segunda-feira (17), sendo coordenado por profissionais da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, sertão do Estado.
A oportunidade foi aberta graças a um convênio entre o órgão de execuções penais e a instituição de ensino. Os reeducandos vão atuar no Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema), que fica no Campus de Ciências Agrárias. No local, eles vão auxiliar na produção de mudas, fazendo a triagem de sementes para plantio e manutenção de espécies como: umbuzeiro, aroeira, umburana cambão, entre outras. O objetivo é preservar a vegetação que fica na área por onde passará o canal da transposição.
De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, o trabalho dos reeducandos na preservação das espécies do bioma da Caatinga e na coleta de sementes e mudas na área da Transposição do Rio São Francisco vai agregar muito conhecimento e consciência ecológica para os envolvidos. "O mais importante é que eles vão aprender uma profissão, o que irá facilitar sua inserção no mercado após a conclusão da pena".
“É a primeira vez que recebemos reeducandos para nos auxiliar. Acho importante darmos essa chance a eles para que voltem ao convívio social plenamente”, destaca o professor Renato Garcia Rodrigues, que é coordenador do projeto. O convênio do Patronato Penitenciário também se estende ao projeto da fauna da região. Pelos serviços cada reeducando será remunerado com um salário mínimo (R$ 1.045,00) e uma cesta básica.
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