Nesta quinta-feira (20), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid19) realizada no mês de julho. Segundo o IBGE, Pernambuco foi o Estado com menor percentual de testes realizados para detectar o novo coronavírus de início da pandemia até julho, tendo 394 mil pessoas testadas (4,1% da população), sendo 205 mil mulheres e 189 mil homens.
Das pessoas testadas em Pernambuco, 92 mil (aproximadamente 1% da população), tiveram o diagnóstico positivo. No Brasil, 6,3% (13,3 milhões) fizeram o teste para detectar o vírus.
A Unidade da Federação com maior percentual de testagem foi o Distrito Federal (16,7%), seguida pelo Amapá (11%) e Piauí (10,5%).
Ainda segundo o levantamento, das 394 mil pessoas testadas, 121 mil realizaram o swab, ou seja, com cotonete na boca e no nariz, e 39 mil tiveram resultado positivo. já as outras 149 mil fizeram o teste rápido com coleta de sangue através de furo do dedo e 25 mil testaram positivo; enquanto 150 mil fizeram o teste de sangue por meio de veia no braço, sendo 37 mil com a covid-19 confirmada. A pesquisa também aponta que uma pessoa pode ter feito mais de um tipo de teste.
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Entre os testados, 58,6%, ou seja, 231 mil pessoas, se identifica como preta ou parda. Eles também são 60,8% dos 92 mil infectados, totalizando 56 mil pessoas. Os brancos, por sua vez, totalizam 156 mil testados e 34 mil com resultado positivo para covid.
Faixa de renda das pessoas testadas
O IBGE informou que, quando se considera a faixa de renda das pessoas testadas, 32% delas ganham de meio a menos de um salário mínimo, seguidos por pessoas com rendimento entre um e dois salários mínimos (26,2%), menos de meio salário mínimo (19,4%), dois a quatro salários mínimos (12,9%) e mais de quatro salários mínimos (9,5%).
Idade
No recorte por idade, a maior quantidade de pernambucanos testados está em idade de trabalhar - 242 mil pessoas de 30 a 59 anos, seguidas por 68 mil habitantes do estado na faixa etária de 20 a 29 anos. Entre as pessoas de 60 anos ou mais, 45 mil também fizeram testes para detectar o coronavírus, e 12 mil (30%) tiveram resultado positivo.
Comportamento durante a pandemia
A PNAD Covid apontou que 182 mil pernambucanos (1,9%) não adotaram qualquer medida de restrição em julho; 2,4 milhões (25,5%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa; 4,3 milhões (45,8%) ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas e 2,4 milhões (26%) mil ficaram rigorosamente isolados.
Taxa de desemprego aumenta em Pernambuco
Ainda segundo a PNAD Covid, a taxa de desemprego em Pernambuco aumento, saindo de 12,6% em junho, para 13,5% em julho. De acordo com o IBGE, 490 mil pessoas estavam desempregadas e buscaram ativamente um emprego, mas não encontraram no mês passado.
Ao mesmo tempo, cerca de 1,2 milhão de pessoas fora da força de trabalho (que não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho) em Pernambuco gostariam de trabalhar em julho, mas não conseguiram procurar emprego por causa da pandemia de Covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem, voltando ao mesmo patamar observado no mês de maio. Em junho, eram 1,1 milhão.
O número de pessoas ocupadas no Estado caiu de 3 milhões e 264 mil para 3 milhões e 153 mil, uma redução de 110 mil trabalhadores que tinham uma ocupação. A quantidade de pessoas afastadas do trabalho (em quarentena ou férias coletivas) devido ao distanciamento social também diminuiu, de 666 mil pessoas para 313 mil, uma queda de 53% entre junho e julho. Em maio, por sua vez, eram 940 mil pessoas afastadas. Em julho, 9,9% das mais de 3,1 milhões de pessoas ocupadas em Pernambuco estava afastada de suas atividades profissionais, contra 20,4% no mês anterior. Ainda segundo a pesquisa, 10,7% da população ocupada no estado trabalhou de forma remota no mês passado.
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