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Recife vai desativar sexto hospital de campanha municipal, seguindo queda de 70% nas internações

Os equipamentos médico-hospitalares do Hospital Provisório Recife 3 serão transferidos para outras unidades de saúde municipais

JC
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Publicado em 01/09/2020 às 13:37 | Atualizado em 01/09/2020 às 13:37
ANDRÉA RÊGO BARROS/PCR
CAPITAL Hospital de campanha da Imbiribeira foi gerido pela empresa investigada na Operação Desumano - FOTO: ANDRÉA RÊGO BARROS/PCR

Seguindo a queda de 70% no número de internações nos hospitais de campanha do Recife em agosto, na comparação com o mês de maio, o município desativa mais um equipamento montado para o atendimento exclusivo de casos do novo coronavírus. Nesta terça-feira (1º), o prefeito Geraldo Júlio anunciou o fechamento do Hospital Provisório Recife (HPR) 3, na Imbiribeira, Zona Oeste da capital. Este é o sexto dos sete hospitais de campanha a ser desativado.

Até então, havia 63 pacientes internados na unidade, sendo 47 nas UTIs e 16 nas enfermarias. A partir da quarta (2), o hospital já não receberá novos pacientes e será desativado gradativamente, à medida que as forem dadas as altas.

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Os equipamentos médico-hospitalares do HPR 3 serão transferidos para outras unidades de saúde municipais, como as maternidades e o Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, em Areias. Uma parte ficará temporariamente guardada em galpões para caso a incidência de casos volte a subir e seja necessário reabrir mais leitos.

Em coletiva de imprensa, o prefeito celebrou o 110º dia de redução no número de casos e de ocupação de leitos da covid-19. “Todos esses indicadores nos dão segurança para avançar mais uma etapa na reorganização da rede montada para enfrentamento à pandemia, com a desmobilização do hospital de campanha da Imbiribeira, que será iniciada agora. Mesmo assim, ainda vamos manter 144 leitos de unidade intensiva e 173 leitos de enfermaria na rede da Prefeitura”, afirmou.

Números

Desde a chegada da pandemia no Recife, mais de cinco meses atrás, os sete equipamentos receberam mais de 5.900 internações de pacientes suspeitos ou confirmados da covid-19. Desse total, 652 de internações por síndrome respiratória aguda grave (srag) foram concentrados em abril. Em maio, no pico epidemia, o número chegou a 2.214.

Após a quarentena rígida, em junho, caiu para 1.157. Em julho, se manteve em 1.176. Agosto registrou uma queda mais expressiva, de 40% de um mês para o outro, com 706 novas pessoas internadas. Na comparação com maio, foi uma redução de 70%.

Administrado pelo Instituto Humanize de Assistência e Responsabilidade Social (IHARS), o Hospital Provisório Recife 3 foi o último a ser entregue pela Prefeitura do Recife. Ele foi erguido na Avenida Mascarenhas de Moraes, no galpão desativado de uma empresa. Foram 2.300 metros quadrados de área construída, com 107 leitos, sendo 80 UTIs e 27 enfermarias.

Seis hospitais são desativados

Em agosto, a prefeitura desativou o Hospital Provisório Recife 2, nos Coelhos, o maior hospital de campanha construído pela gestão municipal. Em julho, já haviam sido desativados leitos criados nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife, no Curado, e das Policlínicas Barros Lima, em Casa Amarela, Amaury Coutinho, em Campina do Barreto, e Arnaldo Marques, no Ibura. Todos eles permanecem com leitos de covid-19 nas áreas internas.

Ao todo, foram desativados 602 leitos, sendo 120 deles de UTIs. Agora, o Recife conta com 424 leitos em funcionamento em oito unidades municipais - 224 de UTI e 200 de enfermaria. Há 116 internadas em UTIs e 74 nas enfermarias. Do total de 190 pacientes, 60% vieram de outras cidades. Após a desativação do HPR 3, o único hospital de campanha que continuará completamente em operação será o Hospital Provisório Recife 1, na Rua da Aurora, em Santo Amaro.

 

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