Um guarda municipal envolvido no incidente de agressão a um homem, na praça da Coimbral, no bairro Novo do Carmelo, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, no último dia 18 de agosto, foi afastado da função, nesta quarta-feira (09), segundo a prefeitura municipal. Um inquérito administrativo apura o caso. Em paralelo, a Polícia Civil também investiga a denúncia. A princípio, o guarda permanecerá afastado até a conclusão do inquérito.
Vídeos circularam nas redes sociais, mostrando guardas municipais tentando algemar um homem, que reagia. Ao fundo, ouvia-se gritos de pessoas repreendendo a ação dos guardas. O caso teria ocorrido porque o homem na praça após às 22h, supostamente contrariando regras de um decreto municipal - o que teria sido usado como justificativa para retirar o cidadão do local.
O homem agredido é um comerciante de 38 anos e afirmou que estava brincando com o filho na praça quando teria sido obrigado a deixar o local. A vítima foi ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito e, de acordo com o comerciante, os guardas municipais foram truculentos desde o início da abordagem.
Apesar de estabelecer regras para o convívio com o novo coronavírus na retomada de atividades econômicas e de lazer e reabertura de estabelecimentos, o governo do Estado não estipulou toque de recolher para as cidades pernambucanas. Há apenas a regra para que estabelecimentos comerciais encerrem as atividades às 22h.
Na ocasião, a reportagem da TV Jornal entrou em contato com a prefeitura da cidade, que afirmou que um decreto proíbe a permanência em locais públicos até 22h. Por outro lado, a Câmara de Vereadores de Camaragibe informou que nenhuma lei foi aprovada sobre a proibição de permanência de pessoas em áreas públicas após às 22h.
Ainda de acordo com a prefeitura de Camaragibe, um curso de capacitação para todos os agentes da Ronda Operacional Municipal (Romu) foi agendado para "melhor prepará-los para as atividades cotidianas", informou em nota.
Na mesma nota, o município tratou o caso como um fato isolado, afirmando que "a imensa maioria dos guardas municipais tem feito seu trabalho corretamente, seguindo as diretrizes da corporação" e que um conselho para gestão da praça Coimbral será instalado, formado por representantes do governo e da sociedade civil.
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