O feriadão que inicia neste sábado (10) e vai até a segunda-feira (12), Dia de Nossa Senhora Aparecida, quando também é comemorado o Dia das Crianças, deve ser de céu com poucas nuvens e bastante sol em todo o Estado de Pernambuco, de acordo com previsão da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). As temperaturas devem permanecer elevadas no Sertão, e podem atingir a temperatura máxima de 39ºC em algumas cidades. O Agreste terá máxima de 35ºC, enquanto o Litoral, a Zona da Mata e o Grande Recife, devem beirar os 33ºC.
Média de temperaturas nos próximos dias
Na Região Metropolitana do Recife (RMR) a temperatura deve variar entre 22ºC e 33ºC;
Na Zona da Mata Norte, 19ºC e 33ºC;
Na Zona da Mata Sul, 20ºC e 33ºC;
No Agreste, os termômetros devem marcar entre 17ºC e 35ºC;
Para o Sertão de Pernambuco, a Apac prevê mínima de 15ºC e máxima de 39ºC;
Para o Sertão do São Francisco, 22ºC e 39ºC;
Em Fernando de Noronha, os termômetros devem marcar entre 31ºC e 25ºC.
Previsão do tempo para o Brasil no último trimestre do ano:
Tábua de maré
No sábado (10), a primeira baixa-mar será às 3:17 e a seguinte baixa-mar às 16:19. A primeira preia-mar será às 9:50 e a seguinte preia-mar às 22:30. Já no domingo (11), a primeira baixa-mar será às 6:04 e a seguinte baixa-mar às 18:53. A única preia-mar será às 12:31.
A segunda-feira (12), terá a primeira preia-mar à 1:01 e a seguinte preia-mar às 13:38. A primeira baixa-mar será às 7:25 e a seguinte baixa-mar às 19:54.
Cuidados redobrados
Apesar das altas temperaturas, com algumas cidades registrando máximas de 37º, o clima é considerado normal para a época do ano. E apesar da previsão do serviço sobre mudança climática do programa europeu Copernicus, de que o ano de 2020 possa ser o ano mais quente da história, o estado de Pernambuco já registrou temperaturas maiores em outras ocasiões. No ano passado, o município de Floresta, no Sertão, por exemplo, chegou a registrar 40,7 ºC.
>>Com altas temperaturas, pernambucanos devem redobrar cuidados nesta primavera
Mesmo assim, o calor sentido pelos pernambucanos deve inspirar cuidados. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a presença de uma massa de ar seco sobre o estado estaria causando baixos valores de umidade relativa do ar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a baixa umidade pode causar complicações alérgicas e respiratórias, ressecamento da pele, irritação dos olhos, entre outros problemas de saúde. A indicação é que os exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h sejam evitados. Também é preciso umidificar o ambiente, para isso podem ser utilizados vaporizadores, toalhas molhadas ou até mesmo recipientes com água.
A proteção contra o Sol é essencial e deve ser feita diariamente com o uso de protetores solares, bonés e camisas. Além disso, a principal indicação é para que os pernambucanos se mantenham hidratados e consumam água à vontade.
Alerta para o feriadão
Com o combo formado por temperaturas altas, feriado e grande possibilidade de aglomeração nas praias, as autoridades de saúde se mostram preocupadas com a possibilidade de aumento do número de casos do novo coronavírus (covid-19) em Pernambuco após o feriadão de 12 de outubro. A aglomeração de pessoas em praias e bares e o uso incorreto de máscaras são as principais preocupações, a exemplo do que já foi visto em outras ocasiões, como o feriado da Independência, em 7 de setembro. Segundo projeções do Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco (IRRD), o relaxamento das medidas sanitárias e o descumprimento das normas pode impactar na chegada de uma segunda onda da doença, ainda no fim de outubro.
Vice-coordenador do IRRD, o cientista e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Jones Albuquerque avalia que pode haver uma "turbulência" nos índices nas próximas semanas. "As últimas semanas de agosto alcançaram bons índices, tanto que pensei que fôssemos alcançar patamares do nível da Europa no mês de setembro, mas a infecção acabou ganhando força após o feriado de 7 de setembro, quando houve desrespeito às normas sanitárias. Agora que caiu novamente, vem outro feriadão", aponta.
Segundo ele, o Estado, que sequer saiu da primeira onda de casos, pode ser atingido por uma segunda leva da doença, a exemplo de outros países europeus, como a França. "Ao que tudo indica, uma segunda onda irá nos atingir. Considerando a velocidade com que a primeira chegou aqui após começar a se espalhar pelo mundo e analisando o boom que está acontecendo agora em países europeus, dentro de três a quatro semanas poderemos ter aumento de casos, se a dinâmica se repetir. Significa que no fim de outubro poderemos sentir os reflexos. Não é possível mensurar o tamanho ou a letalidade. A pergunta que fica é: quanto a gente vai piorar, se isso acontecer?", questiona.
A preocupação com o cumprimento das medidas sanitárias é compartilhada pela médica infectologista Andrezza de Vasconcelos. "Nem saímos de uma primeira onda, para sermos atingidos por outra. É uma situação que ainda não foi vencida. Neste momento, as pessoas devem cumprir o isolamento, utilizar de forma correta as máscaras e evitar ambientes cheios, mas o que vemos são as praias cheias nos feriadões e aglomerações em festas e outros eventos", pondera.
Na última quarta-feira (7), em coletiva de imprensa, o secretário de saúde de Pernambuco André Longo destacou que a conscientização das pessoas e fundamental para que os números de casos e óbitos em decorrência da covid-19 continuem caindo no Estado. "A falta de cuidado pode colocar a perder tudo o que conquistamos, pois tende a aumentar a possibilidade de contágio e nos torna mais suscetíveis à contaminação pelo vírus", alertou.
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