CAMPANHA

Em Pernambuco, vacinação antirrábica será realizada de casa em casa

Pernambucanos que não forem contemplados com a vacinação casa a casa, deverão procurar a secretaria de saúde do seu município para imunizar seu animal

JC
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Publicado em 09/10/2020 às 19:08 | Atualizado em 09/10/2020 às 19:22
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A mudança tem o objetivo de reduzir a possibilidade de transmissão do coronavírus - FOTO: Reprodução/ Pixabay

A Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica Canina e Felina de 2020 será diferente dos anos anteriores. Realizada no mês de outubro, a vacinação acontecerá de casa em casa, de acordo com a ocorrência, ou não, de casos de raiva animal registrados anteriormente nas localidades. A mudança na forma de vacinação acontece com o objetivo de reduzir a possibilidade de transmissão do coronavírus.

A intenção da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) é evitar aglomeração de pessoas em postos fixos. Até agora, mais de 590 mil doses da vacina já foram enviadas para os municípios pernambucanos, a meta é imunizar 700 mil animais.

As cidades foram divididas em três grupos. No primeiro estão os municípios que tiveram casos de raiva animal, em qualquer espécie nos últimos quatros anos. Nesses, a vacinação será realizada na área rural e nos locais onde os casos foram registrados. No segundo grupo estão os municípios que fazem fronteira com locais onde ocorreram casos de raiva. Nesses, a vacinação deverá ser realizada, além da área rural, nas zonas consideradas limítrofes com municípios com casos positivos.

O terceiro grupo é formado pelos municípios que não registraram ocorrência de raiva animal nos últimos 4 anos. Nesses, a estratégia recomendada pela SES-PE é que a vacinação seja feita em toda a área rural e nos bairros com maior ocorrência de agressões por cães, gatos e animais silvestres.

“Este ano, estabelecemos que toda a área rural dos municípios pernambucanos é considerada prioridade para a vacinação antirrábica canina e felina, uma vez que a raiva tem maior incidência de casos em animais silvestres. Nas demais localidades consideradas área de risco, o tutor deve aguardar a visita dos agentes de saúde nas residências”, afirmou o coordenador estadual do Programa de Controle da Raiva da SES, Francisco Duarte.

Os pernambucanos que não forem contemplados com a vacinação casa a casa, deverão procurar a secretaria de saúde do seu município, no setor de zoonoses, para imunizar seu animal.

“O vacinador e os outros trabalhadores envolvidos na Campanha deverão usar máscaras, luvas e evitar o contato físico com os tutores dos animais. Além disso, a higienização das mãos com água e sabão deve ser feita sempre que forem vacinar um animal. Caso não haja água e sabão disponíveis, os técnicos poderão usar um desinfetante à base de álcool a 70%. As máscaras e luvas devem ser descartadas em local apropriado”, pontua Duarte.

RAIVA

A doença viral e infecciosa é transmitida por mamíferos. A transmissão da raiva acontece através da penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura, arranhadura e lambedura de mucosas. Depois de penetrar no organismo, o vírus multiplica-se e atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.

Ao ser agredida por um animal, a pessoa deve lavar imediatamente o ferimento com água e sabão, e procurar com urgência o Posto de Saúde mais próximo. Cães raivosos apresentam sintomas como: agressividade (atacando pessoas e objetos) ou tristeza (procurando lugares escuros), salivação excessiva, dificuldade para engolir, latido rouco e paralisia das patas traseiras. Nos humanos, a doença ataca o sistema nervoso central, levando à morte. O período de incubação é variável, podendo levar alguns dias ou até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão.

PERNAMBUCO

O último caso da doença em humanos, transmitido por cão, foi no ano de 2006; e em 2017 por um gato, que deve ter entrado em contato com um morcego contaminado. Entre 2017 a 2020, foram registrados 42 casos de raiva no Estado, sendo 86% das ocorrências em animais silvestres. Em 2017, foram 13 casos, sendo 12 em animais e um em humano; no ano de 2018, foram 12 casos (todos em animais); em 2019, foram 16 casos de raiva em animais. Em 2020, até setembro, foram registrados 2 casos da doença em animais.

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