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Aulas presenciais voltam na rede estadual de Pernambuco após fim da greve dos professores

A retomada começa pelos 81 mil alunos do terceiro ano do Ensino Médio

JC
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Publicado em 26/10/2020 às 10:54 | Atualizado em 26/10/2020 às 15:13
YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM
Profissionais do magistério que atuaram entre 1997 e 2006 na rede estadual de ensino de Pernambuco têm direito a receber abono com dinheiro dos precatórios do Fundef - FOTO: YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM

Com informações da repórter Mônica Ermírio, da TV Jornal

Depois de o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco acatar ao fim da greve, a pedindo da Justiça, esta segunda-feira (26) marcou a volta dos estudantes rede estadual às aulas presenciais em Pernambuco. A retomada começa pelos 81 mil alunos do terceiro ano do Ensino Médio, seguindo o calendário divulgado pelo Governo do Estado. Nesta terça-feira (27), será a vez dos alunos do segundo ano.

Nesta manhã, na porta do Ginásio Pernambucano, na Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, área central do Recife os protocolos sanitários estavam sendo seguidos, com aferição de temperatura e disponibilização de álcool em gel. Ainda assim, o sentimento de insegurança persiste entre os estudantes que retornam. Foi assim com a aluna Maria Vitória de Lima, do terceiro ano. "Mesmo com esse tempo que está passando, a gente toma cuidado, porque sabe que é uma coisa séria, e estuda", comentou.

O aluno Vitor Édson Borges, 18, também se frustra com as limitações. "A pessoa quer conversar com o outro e não pode. Quer dar um abraço, porque faz tempo que não vê", falou. Mesmo com as restrições, ainda prefere acompanhar os estudos presencialmente. "Com os amigos na sala é melhor".

A retomada das atividades na rede pública de ensino passou por impasse na justiça. Inicialmente, o Estado havia decretado a volta das aulas para o dia 6 de outubro, mas o sindicato conseguiu suspendê-la com uma liminar na Justiça. Em 9 de outubro, a liminar foi cassada, a pedido da Procuradoria Geral do Estado. A Justiça exigiu que o retorno ocorresse em 16 de outubro ou em data acordada entre Sintepe e governo, que decidiram marcaram a volta para 21 de outubro. Na véspera, a categoria decidiu decretar greve por entender que não havia segurança sanitária, devido à pandemia do novo coronavírus

A paralisação foi interrompida na sexta-feira (23), depois de a assessoria jurídica da entidade considerar que já havia chegado ao limite. No período, o Sintepe acumulou uma multa de R$ 1 milhão. Mesmo assim, a classe continua defendendo a manutenção das aulas em modo virtual.

Os professores agora querem retomar as negociações com o governo. A ideia é discutir reivindicações com a Secretaria de Educação do Estado (SEE). Na terça-feira (27), seguindo o calendário divulgado pelo governo, é a vez dos alunos do 2º ano voltarem às atividades presenciais.

"Alguns pontos ainda precisam ser dialogados, como a continuidade das comissões regionais, o envio, pelo governo, dos dados da covid-19 no Estado, já que estamos fazendo um acompanhamento, e questões pedagógicas e de relações de trabalho", falou o presidente do Sintepe, Fernando Melo, neste domingo (25). Segundo ele, a instituição está visitando as escolas estaduais que possuem ensino médio, para verificar se os protocolos determinados pelo governo estão sendo seguidos mesmo após o retorno das atividades.

Uma nova assembleia da categoria está marcada para a próxima sexta-feira (30). Nela, será feita uma avaliação da primeira semana de volta às aulas, além do repasse para os professores das respostas enviadas pelo governo em relação à negociação.

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