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Em caso de aluno doente de covid-19, o que a escola deve fazer? Veja o que manda o protocolo

Três escolas privadas de Recife adotaram condutas diferentes ao saber que havia alunos infectados

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 23/10/2020 às 18:50 | Atualizado em 23/10/2020 às 19:23
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Em São Paulo, alunos das escolas estaduais serão testados. O protocolo de Pernambuco não prevê testagem em massa - FOTO: REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos reservados

Nesta semana, três escolas privadas do Recife comunicaram que alunos delas estão com covid-19. Cada uma adotou uma conduta diferente no que diz respeito ao protocolo a seguir. No Damas, as aulas presenciais foram suspensas por 14 dias para todas as turmas do 3º ano do ensino médio. No Grande Passo, a interrupção das atividades presenciais, por igual período, foi apenas para a classe em que houve uma adolescente infectada. Já o CBV comunicou que tem uma aluna doente, mas que as aulas não serão suspensas.

A reabertura das escolas, públicas e privadas, deve seguir um protocolo específico elaborado pelo governo estadual, por meio das Secretarias de Saúde e de Educação de Pernambuco. Está dividido em quatro eixos: distanciamento social; proteção e prevenção; comunicação e monitoramento; e vigilância epidemiológica em âmbito escolar. Esse último capítulo é o que dá as orientações específicas para os procedimentos caso haja algum doente na escola.

Na parte que aborda a detecção de casos, o protocolo manda que estudantes, trabalhadores e colaboradores sintomáticos permaneçam em isolamento domiciliar até sair o resultado do teste. "Se positivo, permanecer em casa por 10 dias e, ao mesmo tempo, pelo menos 3 dias sem sintomas. Se negativo, voltar às aulas presenciais", explica um trecho do documento.

Em outro tópico, que trata do acompanhamento dos casos, a informação é a seguinte: "Diante de um caso positivo na sala de aula, as aulas dessa sala serão suspensas até que saiam os resultados dos contatos. Os contatos que positivarem continuarão em casa por 10 dias e, ao mesmo tempo, 3 dias sem apresentar sintomas, e as aulas presenciais serão retomadas com os estudantes que tiveram resultado negativo".

CONDUTAS

Ao comunicar às famílias, o Colégio Damas disse que as pessoas que tiveram contato com os alunos infectados foram informadas sobre o resultado e receberam a orientação de ficarem em isolamento e realizarem o teste. Destacou que a contaminação ocorreu antes do retorno às aulas presenciais, durante um encontro entre os alunos fora da escola. E suspendeu as aulas para todas as cinco turmas de 3º ano (a escola não informou quantos estudantes adoeceram).

O colégio justificou que "seguindo rigorosamente o protocolo de saúde e segurança da Rede Damas Educacional, validado por especialistas, além das orientações de autoridades de saúde do Estado, as aulas presenciais das turmas da 3ª série do Ensino Médio estão suspensas a partir desta data (dia 21) e continuarão de forma remota. A medida preventiva vale até o dia 2 de novembro".

No Colégio Grande Passo, a direção, ao saber do caso suspeito de uma aluna, avisou às famílias que as aulas estavam suspensas, sem determinar um prazo. Após a confirmação com o teste positivo, informou que as aulas presenciais, somente para a turma da estudante doente, estavam suspensas por 14 dias.

O Colégio CBV decidiu manter as aulas presenciais argumentando que "está seguindo um protocolo rígido de segurança elaborado cuidadosamente por especialistas experientes no campo da prevenção e controle de infecções, da nossa parceira D'Or Soluções. O documento foi elaborado a partir de diretrizes fornecidas por órgãos federais e internacionais competentes, como o Ministério da Saúde, Anvisa e CDC (Centers for Disease Control and Prevention), e através de informações trocadas com escolas em outros países", explica a escola.

O colégio disse ainda que "a estudante já não está frequentando as dependências da escola e o ambiente já foi, também, devidamente desinfetado e o centro de vigilância epidemiológica já foi notificado".

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