CASO MIGUEL

Padre Arlindo sai da lista de testemunhas

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 07/11/2020 às 2:00
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Após uma onda de críticas nas redes sociais, o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), marido de Sarí Corte Real, anunciou que vai retirar o nome do padre Arlindo Matos da lista de testemunhas de defesa que vão depor, em audiência no dia 3 de dezembro, sobre a morte de Miguel Otávio Santana da Silva, 5 anos. No comunicado, Hacker ainda pediu "desculpas" ao pároco da Igreja de Tamandaré e disse que a convocação se tratou de um "equívoco".

Reportagem publicada ontem revelou que o padre Arlindo seria uma das oito testemunhas de defesa convocadas pelos advogados de Sarí Corte Real, que responde pelo crime de abandono de incapaz com resultado de morte. A informação foi confirmada pelo advogado Pedro Avelino, responsável pela defesa da primeira-dama de Tamandaré. O religioso se mostrou surpreso com a informação e disse que não tinha sido intimado ainda. Ontem ele afirmou que fez contato com Hacker e com os advogados e pediu que o nome dele não constasse como testemunha do caso.

No comunicado enviado ontem pela manhã, por meio de assessoria, Sérgio Hacker afirma que lamenta o "equívoco ocorrido em relação à convocação do Padre Arlindo como testemunha". Diz ainda que "o mesmo não faz parte ou tem qualquer relação com o caso citado (Caso Miguel)". "Desde já minhas desculpas ao padre Arlindo e gostaria de esclarecer que o nome do mesmo já está sendo retirado do processo em questão."

A audiência do Caso Miguel será na 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente da Capital, na Boa Vista. Além das testemunhas de defesa, oito testemunhas de acusação, convocadas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), entre elas, o perito responsável pelo laudo que apontou que Miguel foi deixado sozinho no elevador e seguiu até o nono andar, onde subiu numa janela e acabou caindo, afastando a tese de que outra pessoa poderia estar na cena.

Após as 16 testemunhas serem ouvidas, Sarí Corte Real prestará depoimento. A ré terá o direito de ficar em silêncio. Por conta do número de pessoas a serem ouvidas, é possível que ocorra mais de uma audiência. Finalizada esta etapa, acusação e defesa vão apresentar as alegações finais. Miguel morreu no dia 2 de junho.

 

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