As eleições municipais do domingo (15) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, que garantiram a reeleição da prefeita Raquel Lyra (PSDB), ainda deixam vestígios pelas ruas. Três dias depois, nesta quarta-feira (18), equipes da prefeitura ainda recolhem grande quantidade de "santinhos", material com foto e número de candidatos. É proibida a divulgação dos papéis no dia do pleito.
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A varrição, que conta com todos os garis da cidade, começou ainda na tarde do domingo, e deve ser finalizada nesta quarta. "No próprio domingo à tarde, no fim das eleições, já foram limpos principalmente os locais de maior visitação de público, de maior visitação de pessoas, para recolher todos os santinhos jogados de forma irregular. Ontem, continuamos com toda a limpeza dessas zonas eleitorais da nossa cidade, e, no dia de hoje, existe ainda a continuação da limpeza", conta o Secretário Executivo de Serviços Públicos de Caruaru, Ítalo Farias.
Segundo o secretário, já foi realizada a limpeza no entorno de 80% dos colégios eleitorais. "Não foram colocados santinhos apenas nas ruas de entorno dos colégios, mas em todas as ruas de acesso para esse colégios, o que tornou o trabalho mais complicado", diz.
Além das vias públicas, há muito material de campanha também no Rio Ipojuca. "Existe um trabalho de limpeza permanente do Rio Ipojuca, é uma área de feiras e ocasiona muitos resíduos na região, então temos uma equipe praticamente fixa naquela área. Em muitas das fotos que as equipes de campo mandam, já contém muitos santinhos, realmente. Mais uma prova de que o lixo colocado de maneira irregular nas vias públicas vai diretamente para o rio, seja pela ação do vento ou pela ação das chuvas, porque é o ponto mais baixo da cidade, e os resíduos tendem a ir para o rio e nossos canais", explica.
Distribuição de santinhos
A legislação eleitoral permite que até a véspera da eleição os candidatos distribuam os famosos santinhos. Contudo, a distribuição de qualquer tipo de material no dia da eleição é ilegal. A prática configura crime de propaganda eleitoral irregular (Artigo. 39, §5º, II da Lei 9.504/97) e crime ambiental (Artigo 54 da Lei 9.605/98), cujas penalidades são detenção, de seis meses a um ano e reclusão, de um a quatro anos, respectivamente, além de multa.
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