PARAÍBA

Suspeito de matar pernambucana em João Pessoa tem prisão em flagrante convertida em preventiva

O tatuador de 23 anos foi preso na noite dessa terça-feira (27)

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Rute Arruda

Publicado em 28/04/2021 às 16:42 | Atualizado em 29/04/2021 às 18:20
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O suspeito de assassinar a pernambucana Patrícia Roberta Gomes da Silva, 22, em João Pessoa, na Paraíba, passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (28). O tatuador de 23 anos foi preso em flagrante por policiais do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM) no final da noite dessa terça-feira (27) e teve a prisão convertida em preventiva pela juíza Virgínia de Lima Fernandes, da Vara de Execução de Penas Alternativas de João Pessoa.

Jonathan Henrique Conceição dos Santos ficará preso na Penitenciária Flóscolo da Nóbrega à disposição da Justiça. Na decisão, a juíza alegou que "as circunstâncias do delito e sua prisão demonstram a periculosidade do mesmo sendo imperiosa a sua permanência no cárcere, como medida necessária para garantir a ordem pública".

O texto afirma, ainda, que "verifica-se que há prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria. Denota-se claramente nos vídeos o custodiado Jonathan carregando o corpo na motocicleta pertencente a ele com o intuito de ocultar o cadáver, bem como as roupas da vítima foram encontradas em um tambor de lixo nas proximidades da residência do flagranteado, o que tornam suficientes os indícios de autoria do crime".

Segundo a juíza, "a prisão de justifica para a garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, por se tratar de pessoa que já demonstrou sua periculosidade latente, embora primário, o cotejo de suas condições pessoas levam à conclusão patente e inafastável de que sua liberdade se configura risco concreto à ordem pública".

De acordo com a delegada de Crimes Contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, Emília Ferraz, Jonathan Henrique foi preso após a polícia localizar um amigo dele, que foi até o apartamento do suspeito, no bairro de Gramame, para pegar alguns pertences.

"Vizinhos perceberam movimento no apartamento e ligaram para a Polícia Militar. Nossas esquipes foram até o local trouxeram ele para a Central de Polícia para prestar depoimento. Ele disse que era apenas amigo de Jonathas e, como não havia provas contra o mesmo, foi liberado", informou a delegada.

A prisão do tatuador aconteceu após o amigo prestar depoimento. "Os policiais criaram o argumento de que precisariam levar Marcos até a sua casa e quando chegaram lá, no bairro de Mangabeira, encontraram a moto de Jonathas e o próprio criminoso, que ainda tentou fugir, mas foi preso em flagrante", esclareceu o tenente-coronel Marcos Barros, comandante do 5º BPM.

Jonathan foi indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver e o amigo dele vai responder a procedimento criminal por favorecer a prática do crime e esconder uma pessoa que estava sendo procurada pela Polícia.

O caso

Patrícia saiu de Caruaru, no Agreste do Estado, onde mora, na última sexta-feira (23), para encontrar o amigo. Dois dias depois, no domingo (25), numa troca de mensagens de WhatsApp com a mãe, a vendedora se mostrou aflita porque estaria trancada no apartamento dele. Depois, avisou que estava tudo bem. E não mais respondeu à mãe.

Na madrugada desta terça-feira (27), vizinhos entraram em contato com a polícia para denunciar terem visto o suspeito saindo do prédio com um tonel de lixo em um carrinho de mão. Um dos vizinhos teria seguido e visto quando o tonel caiu, e desconfiou que pudesse se tratar de um corpo. Pouco depois, o suspeito é filmado por câmeras de segurança saindo de moto levando o mesmo volume estranho.

DIVULGAÇÃO/PM
Local onde o corpo de Patrícia foi encontrado - DIVULGAÇÃO/PM

O corpo, que estava com fitas isolantes e sacos plásticos, foi encontrado a cerca de dois quilômetros do prédio onde o tatuador mora. Isso aconteceu horas após familiares da vítima procurarem a Delegacia de Homicídios de João Pessoa para registrar uma queixa de seu desaparecimento.

DIVULGAÇÃO/PM
Local onde o corpo da jovem foi encontrado - DIVULGAÇÃO/PM

"Começamos as buscas em outra área, uma área muito extensa, mas informações da própria população nos chamaram a atenção em alguns detalhes e nós chegamos a esse ponto [que o corpo foi localizado]", disse o comandante do 5º BPM, coronel Barros. Não havia sinais de marca de tiros ou faca no corpo. Uma possibilidade é que a vendedora foi morta por asfixia, o que será comprovado após exames no Instituto de Medicina Legal. O corpo deve ser liberado hoje para enterro, à noite, em Caruaru.

 

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