Polícia prende suspeitos de matar funcionário da Celpe e deixar outro ferido no Grande Recife
Companhia oferecia recompensa de até R$ 100 mil por informações sobre os suspeitos
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) prendeu nessa terça-feira (22) em Camaragibe dois suspeitos de envolvimento na morte do funcionário da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) Ejanilson Severino Batista, 39 anos, e na tentativa de homicídio contra o também funcionário Wellington José Cardoso, de 28 anos, no último 7 de junho, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. As vítimas estavam trabalhando no momento do crime.
Na data do assassinato, a PCPE informou que os dois funcionários foram até um estabelecimento comercial da cidade fazer inspeções em medidores de energia elétrica. Eles estavam no carro da Companhia quando dois homens desconhecidos chegaram em uma motocicleta e realizaram disparos de arma de fogo contra as vítimas. Após o caso, a polícia começou a investigação por meio da busca de informações no local do crime e com a vítima sobrevivente.
"As duas vítimas não eram responsáveis pelo corte de energia elétrica, mas por inspeções de irregularidades e adulterações em medidores. Eles fizeram essa inspeção, dirigiram-se para outras, almoçaram e, quando foram sair do almoço a caminho de outra inspeção, Wellington sofreu a tentativa [de homicídio], e Ejanilson não sobreviveu", contou a delegada Thayná Fioresi, Adjunta da 10ª Delegacia de polícia de homicídios – 10ª DPH, unidade integrante da Divisão de Homicídios Metropolitana Norte – 1ª DHMN.
Os suspeitos de cometer o crime foram presos dentro da operação de intervenção tática intitulada "Nobreak". Além do cumprimento de dois mandados de prisão, também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão domiciliar. Segundo a delegada, relatórios da Celpe constataram que havia irregularidades nos medidores de energia analisados no estabelecimento.
Na execução, foram mobilizados 25 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, havendo como ambiente operacional a cidade de Camaragibe. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – DINTEL e contaram o apoio do Grupo Especializado em Perícias de Homicídios – GEPH.
A delegada Thayná Fioresi diz que as investigações apontam que mais duas pessoas participaram do crime, e que serão realizados exames balísticos em cinco armas encontradas durante a execução da "Nobreak". A denúncia à Justiça deve, segundo ela, ficar pronta em 1º de julho.
A Celpe classificou a ação criminosa como "mais um ato de violência injustificável contra uma equipe de inspeção da empresa" e fechou parceria com o Disque Denúncia para encontrar os suspeitos. Com isso, foi oferecida uma recompensa inédita de até R$ 100 mil para quem fornecesse informações que levassem à identificação e prisão dos envolvidos na investida. O valor oferecido foi o mais alto da história em Pernambuco.