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Apesar do tempo chuvoso, comércio de praia tem melhores expectativas para reabertura nos fins de semana

Governo de Pernambuco havia proibido a atividade há quatro meses

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Bruna Oliveira

Publicado em 25/06/2021 às 19:43 | Atualizado em 25/06/2021 às 21:23
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Apesar das chuvas dos últimos dias, este sábado (26) e o domingo (27) serão de grande importância para os comerciantes das praias de Pernambuco. Isso porque, com o avanço da flexibilização das medida de restrição, o funcionamento do comércio nas praias será retomado nos fins de semana, depois de quatro meses.

Para quem ficou tanto tempo sem trabalhar nos dias que normalmente possuem mais movimentação de pessoas, a volta é esperada com ansiedade. "Vamos poder trabalhar para pagar nossas contas, porque está todo mundo endividado, vivendo da ajuda de parentes. Trabalhar apenas durante a semana era algo sem condições para nós", declarou Severino Biu Duda, representante dos barraqueiros de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

No caso do comércio de praia, coube às prefeituras regulamentar o seu funcionamento. As gestões municipais do Recife, Ipojuca, Olinda e Jaboatão, na Região Metropolitana do Recife (RMR), anunciaram os horários permitidos. No Recife poderá funcionar das 7h às 17h; já em Olinda até as 18h; enquanto em Jaboatão dos Guararapes das 9h às 16h e em Ipojuca das 8h às 17h.

 

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Para Sandoval Berto, presidente da Associação dos Comerciantes da Orla de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, a reabertura durante a baixa estação não é motivo para desânimo, mas de esperança de uma situação financeira melhor. "Vivemos na praia e sabemos que de maio a agosto o movimento é fraco, mas, no fim de semana, as pessoas sempre vão à praia. Vamos pedir para Deus abençoar com o sol", disse.

Segundo Sandoval, todas medidas de proteção contra a covid-19 estão sendo tomadas para garantir a segurança dos turistas e frequentadores das praias. "Vamos respeitar o distanciamento social, utilizar álcool em gel e fazer o uso da máscara. Queremos que os clientes se sintam seguros na volta às praias nos fins de semana", declarou.

Ainda de acordo com ele, durante o período de medidas mais rígidas, muitos comerciantes deixaram de abrir seu negócio. "De oito comércios em volta do meu, apenas um ficou funcionando durante esse período, porque os outros não achavam viável. Eu continuei abrindo, mas tive que mandar embora os garçons, ficamos só eu e a cozinheira. Agora, vou poder recontratar um deles", disse.

Ao todo, cerca de 80 mil pessoas trabalham diretamente com o comércio de praia, segundo Carlos Nunes, presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes e Artesãos. Para ele, a reabertura irá ajudar não só a categoria, mas também quem depende dela.

"Quando um ambulante fica sem trabalhar, por exemplo, uma distribuidora de bebida fica sem vender, assim como um supermercado. O comércio foi a classe que mais sofreu com a pandemia da covid-19", concluiu.

 


 

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