Imóveis vizinhos são interditados após desabamento de galpão na Zona Oeste do Recife
Nesta quarta-feira (14), as equipes já verificam o que pode ou não ser liberado
Atualizada às 12h10.
Após o desabamento de um galpão localizado na Avenida Recife, no bairro da Estância, Zona Oeste do Recife, nessa terça-feira (13), a Defesa Civil interditou outros cinco imóveis nas imediações, sendo cinco residências e um prédio misto (com um comércio e algumas kitnets), com o intuito de investigar se há mais alguma construção comprometida. Nesta quarta-feira (14), aproveitando a luz do dia, as equipes fazem uma análise mais aprofundada e verificam o que pode ou não ser liberado.
As famílias que residem nas casas e kitnets interditadas foram para casa de familiares e amigos e aguardam a liberação dos imóveis, de acordo com a Defesa Civil.
O imóvel comercial desabou nesta terça-feira (13). Às 18h42, o Corpo de Bombeiros (CBM) informou que três equipes haviam sido enviadas ao local, e não havia vítimas.Uma faixa da avenida precisou ser interditada e o trânsito ficou complicado na área.
De acordo com Emerson Santos, líder comunitário da comunidade do Iraque, o desabamento dessa terça foi uma tragédia anunciada. "Infelizmente todos esses imóveis na Avenida Recife, em frente ao Atacadão, têm algum abalo e precisam de uma vistoria da Defesa Civil. Esse imóvel especificamente a Defesa Civil ainda não havia feito vistoria, mas no primeiro imóvel que chegou para fazer a vistoria o morador não permitiu e então a Dircon foi acionada. Acontece que até hoje a Dircon não compareceu ao local e já fazem quatro meses", revelou, em conversa com a reportagem da Rádio Jornal.
>> Imóvel desaba na Estância, Zona Oeste do Recife
"Infiltrações, estalos, parede soltando poeira. O desabamento que aconteceu foi uma tragédia que, infelizmente, foi anunciada. A gente pede aos órgãos competentes para que venham na comunidade do Iraque vistoriar esses imóveis para que tragédia maior não aconteça", completou o líder comunitário.
A causa do desabamento ainda é investigada. Filarete Nobre, dono da loja que funcionava no galpão afetado, alugava o imóvel há dois anos e afirmou não ter percebido indícios do problema. O estabelecimento não possuía seguro e os prejuízos ainda não foram calculados.
A reportagem do JC entrou em contato com a Dircon para obter mais informações sobre o caso, mas ainda não obteve retorno. Assim que as respostas chegarem, a matéria será atualizada.
Desabamento
A construção, um primeiro andar, abrigava uma empresa que vende equipamentos para supermercados, frigoríficos, padarias, restaurantes e lanchonetes.
O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Anderson Barros, explicou em entrevista à Rádio Jornal que o desabamento foi parcial e que os funcionários do local tinham saído do serviço pouco tempo antes.
"Os bombeiros avaliaram o local e isolaram algumas áreas para avaliação da Defesa Civil. Então, essas áreas que estão dentro do perímetro de isolamento serão avaliadas para a entrada de novas equipes em uma condição mais segura. A população pode ficar tranquila, porque a área que existia risco já foi isolada", destacou.