Réveillon

Chefe do setor de queimados do HR alerta para comportamentos que podem causar acidentes com fogos de artifício

O médico chamou atenção, ainda, para o risco de queimaduras em churrasqueiras, quando há acendimento com álcool, o que estaria levando muitos pacientes às emergências do estado com lesões graves

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Renata Monteiro

Publicado em 31/12/2021 às 10:16 | Atualizado em 31/12/2021 às 10:16
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Tradicionais nas festas de fim de ano, como o Natal e o Réveillon, os fogos de artifício têm seu lado encantador, mas também preocupam profissionais de saúde devido aos acidentes que podem provocar. Segundo o chefe do setor de queimados do Hospital da Restauração, o médico Marcos Barreto, em geral, o uso desse tipo de artefato, por si só, não representa riscos, mas o somatório de erros que as pessoas cometem ao manusear esses produtos é o que costuma colocá-las em perigo.

"Geralmente boa parte da população guarda fogos em casa da época junina para utilizar agora, na passagem de ano, e é aí que ocorrem os acidentes. Isso porque a hora de soltar é muito tarde, perto da meia-noite, e as pessoas começaram a usar bebida alcoólica muito cedo, muitas já estão etilizadas, têm baixa nos reflexos e muitas vezes isso faz com que elas não se livrem do artefato depois de aceso, daí ele explode e causa lesão facial, perda de dedo, queimaduras, entre outras coisas", afirmou Barreto, durante entrevista na Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (31).

O médico chamou atenção, ainda, para o risco de queimaduras em churrasqueiras, quando há acendimento com álcool, o que estaria levando muitos pacientes às emergências do estado com lesões graves, sobretudo nesta época do ano.

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Outro problema relacionado à queima de fogos de artifício é o transtorno causado pelo estampido desse produto para animais domésticos, crianças, idosos e outras pessoas com sensibilidade a ruídos altos. Desde novembro desse ano, o Decreto Municipal nº 35.049 veda a queima de artefatos e fogos que causem poluição sonora, mas Marcos Barreto não crê que a população, no geral, vá respeitar a determinação.

"Eu tenho gatos e nessa época do ano eu preciso prendê-los no guarda-roupa por conta do barulho, pois a audição dos pets é muito sensível e as pessoas não tomam esse cuidado. No Recife há essa proibição, isso pode até funcionar na orla, mas pelo menos aqui onde eu moro, em Casa Forte, se solta fogos o tempo todo", detalhou o médico.

Hoje, a população do Recife poderá ver a queima de fogos em nove pontos distintos. O maior deles será na praia de Boa Viagem, na Zona Sul, que terá 17 minutos, sem ruídos. O show pirotécnico terá 12 toneladas de fogos.

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