TRAGÉDIA

Adolescente de 14 anos morre após levar choque elétrico no portão de casa, no Cabo

Jovem foi socorrido por um vizinho, que o levou de carro até a UPA da cidade; Família não entende como o choque ocorreu e luta por respostas

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Emannuel Bento

Publicado em 22/01/2022 às 14:41 | Atualizado em 22/01/2022 às 19:28
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Um adolescente de 14 morreu eletrocutado no bairro da Bela Vista, no Cabo de Santo Agostinho, município do Grande Recife, na noite da última sexta-feira (21). Eliel Júlio Cosmo Ferreira estava subindo a escada da casa em que morava, quando levou um choque no portão. Ele foi socorrido por um vizinho, que o levou de carro até a UPA da cidade, mas já chegou desacordado. A família ainda não compreendeu como a corrente de energia chegou até o portão e agora luta por respostas. As informações são da TV Jornal.

A mãe Elisama Cosmo da Silva, que é dona de casa, explica que o filho saiu para treinar na academia e voltou depois das 21h. "Ele chegou, subiu as escadas e pegou na grande. Ele ainda me chamou. A minha prima, que estava temperando as carnes, ouviu ele chamar: 'mãe'. Eu estava tomando banho. Foi minha prima que disse que achava que ele estava tomando um choque. Eu pensei que era brincadeira. Quando eu vi, ele estava 'bem paradão'", conta.

MARCOS ROBERTO/JC IMAGEM
TRAGÉDIA Adolescente de 14 anos morre eletrocutado em portão de casa, no Cabo de Santo Agostinho - MARCOS ROBERTO/JC IMAGEM
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TRAGÉDIA Adolescente de 14 anos morre eletrocutado em portão de casa, no Cabo de Santo Agostinho - MARCOS ROBERTO/JC IMAGEM
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TRAGÉDIA Adolescente de 14 anos morre eletrocutado em portão de casa, no Cabo de Santo Agostinho - MARCOS ROBERTO/JC IMAGEM

"No começo eu pensei que ele estava só passando mal e fui segurar na mão dele. Eu não sei se é porque eu estava molhada, mas quando eu coloquei a minha mão ele soltou e caiu, bateu numa parede que tem de frente para uma escada e saiu 'embolando'. O meu maior cuidado era para que ele não machucasse a cabeça, para não dar trauma. Pensei na possibilidade dele resistir, não pensei que fosse tão grave. Vesti qualquer roupa, desci e fiquei desesperada, pedi socorro a todo mundo. Não dava para esperar o SAMU do jeito que estava."

Ao pedir socorro, Elisama conseguiu a ajuda do pintor Sandro Manuel, que estava motorizado próximo ao local. "Eu saí desesperado e fiz o que deu para fazer. Levei para a UPA, chegando lá o atendimento ocorreu 'de boa'. Levaram ele para a sala vermelha (de atendimento emergencial). Infelizmente ele veio a falecer. A mãe dele e o tio estavam comigo", relata Manuel, que relembra que o jovem era conhecido da área desde criança. "Desde o nascimento ele andava com a gente. Era um menino bom, caseiro. Infelizmente ocorreu essa fatalidade."

"Ninguém esperava isso. Filho único, eu fazia tudo por ele. Queria dar uma alimentação melhor a ele. Queria dar a ele o que não tive na minha vida. Deixei de fazer meus óculos para dar um celular a ele”, lamentou a mãe.

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