COMBUSTÍVEIS

Motoristas fazem fila para encher o tanque após Petrobras anunciar reajustes de combustíveis

Ainda é possível encontrar alguns postos que estão vendendo o litro da gasolina a R$ 6,59

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Estadão Conteúdo, Filipe Farias

Publicado em 10/03/2022 às 21:45 | Atualizado em 14/03/2022 às 18:39
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Na corrida para abastecer o tanque do carro, vários motoristas pernambucanos formaram filas em postos de combustíveis antes que o aumento seja geral - a Petrobras reajustou o preço da gasolina que sai das refinarias em 18,8%; enquanto o valor do diesel sofreu aumento de 24,9%.

Em alguns lugares, os condutores mais atentos ainda conseguiram encontrar o litro da gasolina custando R$ 6,59, como em um posto localizado na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro dos Aflitos. Fato que fez o administrador Bruno Pimentel aproveitar para encher o tanque. "Amanhã (11), o preço da gasolina vai disparar em todos os postos. Então eu aproveitei para garantir pelo menos um tanque cheio com o preço antigo, sem o reajuste", declarou.

A expectativa, de acordo com o especialistas, é de que o valor praticado nas bombas de cidades com o Recife seja o de R$ 7, um aumento médio de R$ 0,50 - alguns postos já estão vendendo a esse preço. No interior do Estado, leitores relatam que o litro está sendo vendido por até R$ 8,20.

Reajuste da Petrobras

A partir da sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro.

Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.

Para o GLP, a partir da sexta, o preço médio de venda para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.

"Esse movimento da Petrobras vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda", disse a empresa em nota, referindo-se aos aumentos promovidos este ano pela Acelen, controladora da refinaria de Mataripe, na Bahia, única refinaria vendida pela Petrobras até o momento, e que estão 27% acima do preço da estatal.

A Petrobras informou ainda, que apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.

"Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento", explicou a companhia.

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