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Relembre a colisão na Tamarineira, Zona Norte do Recife que matou mãe, filho e babá

Júri popular de João Victor Ribeiro de Oliveira, apontado como causador da colisão, ocorre nesta terça-feira (15)

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Ana Maria Miranda

Publicado em 14/03/2022 às 15:20 | Atualizado em 15/03/2022 às 14:47
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O que o advogado Miguel da Motta Silveira, 50 anos, e a filha Marcela Guimarães da Motta Silveira, 9, mais esperam é justiça, mais de quatro anos após a colisão que matou Maria Emília Guimarães da Mota Silveira (esposa/mãe), 39, Miguel Arruda da Motta Silveira Neto (filho/irmão), 3, e a babá das crianças, Roseane Maria de Brito Souza, 23. O sinistro de trânsito, que chocou todo o Estado, aconteceu no cruzamento entre a Avenida Rosa e Silva e a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. Acompanhe ao vivo o júri popular.

No dia 26 de novembro de 2017, um domingo à noite, o carro que Miguel da Motta Silveira dirigia, transportando a esposa, os dois filhos e a babá das crianças, foi atingido em cheio, do lado do passageiro, por um outro veículo. Apontado como responsável pela colisão, João Victor Ribeiro de Oliveira, 29, que está preso desde que o caso aconteceu, está sendo julgado nesta terça-feira (15). Ele é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio.

Marcelinha, como é chamada a filha do casal que sobreviveu, teve traumatismo cranioencefálico e precisou passar por várias terapias. A evolução dela é considerada um milagre pelo pai, de acordo com o quadro que ela apresentou na época do acidente.

Através de uma publicação no Instagram - rede social na qual compartilha o dia a dia com a filha - Miguel comentou sobre a expectativa para o julgamento. "Sem dúvidas que será bastante doloroso para mim e nossas famílias. Porém, temos total confiança que a justiça será feita. Nossa sociedade não mais tolera esse tipo de crime. Não foi acidente!", escreveu.

A perícia do Instituto de Criminalística revelou que João Victor trafegava a uma velocidade de 108 km/h. O máximo permitido na via, entretanto, era de 60 km/h. Ele ainda avançou o sinal vermelho. O teste de alcoolemia realizado no motorista registrou nível de 1,03 miligrama de álcool por litro de ar, três vezes superior ao limite permitido por lei.

Júri popular

A sessão do júri popular ocorre nesta terça-feira (15), na Primeira Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), há 22 pessoas arroladas para serem ouvidas como testemunhas em plenário: Miguel Arruda da Motta, que sobreviveu ao acidente, além de um assistente técnico, quatro testemunhas comuns à acusação e à defesa e 16 testemunhas do rol da defesa.

Por causa do grande número de testemunhas, o júri popular pode durar mais de um dia. Após as ouvidas dessas pessoas, o réu será interrogado. Na sequência, haverá a fase de debates, quando o Ministério Público e os advogados do réu terão tempo para apresentar os argumentos ao júri, formado por sete pessoas. Ao fim, o veredito será apresentado.

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