PORTO DE GALINHAS

Polícia Militar se pronuncia sobre protestos em Porto de Galinhas e pede tranquilidade

De acordo com diretor especializado da PM, mais de 40 policiais estão reforçando a segurança de Porto de Galinhas

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JC

Publicado em 31/03/2022 às 22:54 | Atualizado em 01/04/2022 às 9:43
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Apesar de o dia desta quinta-feira (31) ter sido marcado por momentos tensos em Porto de Galinhas, com moradores da comunidade de Salinas protestando por conta da morte da garota Heloysa Gabrielly, de apenas 6 anos, baleada durante ação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o coronel Alexandre Tavares, diretor especializado da Polícia Militar, pediu para que a população manter a tranquilidade.

"Quero informar as pessoas que trate o seu dia de forma rotineira. A Polícia Militar está presente para garantir que a área esteja policiada e tranquila para que a população possa realizar suas atividades diárias", declarou o coronel Alexandre Tavares, garantindo que o efetivo policial em Porto de Galinhas está reforçado. "Temos cerca de 40 homens reforçando área e ainda podendo aumentar o número", complementou.

Com relação a ação do BOPE, o diretor especializado da Polícia Militar explicou que os homens que atuaram na comunidade de Salinas são experientes e acostumados a atuarem nesse tipo de ocorrência. "Foram sete policiais, em duas viaturas. São policiais experientes e que pertencem a uma unidade especializada, que é BOPE. Eles passam por treinamento após a formação, em um regime de qualificação diferenciado. Todo o procedimento adotado foi dentro da legalidade e dentro da doutrina", garantiu o coronel Alexandre Tavares.

A AÇÃO

Sobre a ação efetuada na comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas, o representante da Polícia Militar explicou a atuação dos agentes. "Os policiais do BOPE agiram da mesma forma na tentativa de cessar a atividade criminosa. Os elementos conseguiram se evadir, mas uma das armas foi deixada no local. Ela foi localizada e apreendida. Verificou-se que haviam quatro munições deflagradas na arma. A viatura, inclusive, foi atingida por disparos", declarou o coronel.

Ainda não se sabe se o tiro que acabou matando a menina Heloysa Gabrielly foi disparado pelos policiais militares ou pelos suspeitos de envolvimento em tráfico de drogas que estavam sendo perseguidos. "Serão realizadas perícias e laudos para que realmente se chegue a conclusão como essa criança foi atingida, a arma, o calibre e outros detalhes", contou coronel Alexandre.

PREFEITURA DE IPOJUCA

Diante do dia de terror na praia de Porto de Galinhas, no dia seguinte à morte da menina Heloysa Gabrielly, atingida por um tiro nessa quarta (30), quando o Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizou uma operação na comunidade Salinas, a prefeita de Ipojuca, Célia Sales, decidiu oficiar o governo de Pernambuco, cobrando "providências para que a ordem pública e a segurança dos cidadãos e dos turistas seja restabelecida."

O caso

Uma criança de seis anos morreu após ser baleada, nesta quarta-feira (30), em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, Litoral Sul do Estado, após troca de tiros entre policiais do BOPE com suspeitos de envolvimento no tráfico de drogas. A tragédia aconteceu em um local conhecido como Praça da Televisão, na comunidade de Salinas.

 
 
 
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De acordo com Suzanete Nana, representante do Conselho Tutelar de Porto de Galinhas e Maracaípe, a troca de tiros ocorreu no final da tarde. "A polícia entrou (na comunidade) já atirando e acertou uma criança que correu. Isso aconteceu por volta das 17h30", afirmou.

Nesta quinta-feira (31), ocorreu um grande cortejo com pessoas a pé, de buggy, de carro e de ônibus, percorreu o centro de Porto em direção ao cemitério de Nossa Senhora do Ó. O caixão com o corpo de Heloysa Gabrielly foi velado por cerca de 20 minutos e, posteriormente, carregado por jangadeiros para o enterro, que aconteceu no final da tarde sob muitas orações e aplausos.

Até o início da noite, os protestos seguiam. No asfalto, os manifestantes chegaram a escrever a frase: "Porto de Galinhas, diversão para os ricos e ferro para os favelados", criticando a forma de tratamento da Polícia Militar com os moradores das comunidades locais.

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