PORTO DE GALINHAS

Porto de Galinhas: após anunciar reforço da polícia na praia, governador Paulo Câmara é criticado nas redes sociais

O governador soltou a nota um dia após a tragédia, em meio a uma onda de protestos de moradores de Ipojuca e região

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Bruno Vinicius

Publicado em 01/04/2022 às 11:14 | Atualizado em 01/04/2022 às 11:38
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Após o pronunciamento do governador Paulo Câmara (PSB) sobre a morte menina Heloysa Gabrielly, de 6 anos, em Porto de Galinhas, o gestor estadual recebeu uma enxurrada de críticas nas redes sociais em relação à atuação na segurança pública de Pernambuco. O governador soltou a nota um dia após a tragédia, em meio a uma onda de protestos de moradores de Ipojuca e região.

Em seu pronunciamento, Paulo Câmara lamentou a morte da criança, afirmando que estava monitorando a situação no Litoral Sul do Estado. "Acompanhei durante todo o dia de hoje, ao lado do secretário de Defesa Social, Humberto Freire e do comandante da PM, coronel Roberto Santana, a situação em Porto de Galinhas e as investigações em torno da morte da menina Heloísa Gabrielle", comentou.

"Quero expressar minha solidariedade à família de Heloísa e assegurar que o caso será apurado com o máximo rigor. Estamos trabalhando de forma integrada com nossas forças operativas e ainda nesta noite de quinta-feira estamos reforçando o efetivo para restabelecer a tranquilidade no Litoral Sul", deu continuidade ao comunicado.

Como resposta, alguns dos seus seguidores cobraram ações em relação ao ocorrido. "A tranquilidade não está sendo reestabelecida, estou com minha família presa em uma pousada em meio ao caos, tiro e helicópteros o tempo todo, água mineral acabando na cidade, a situação só piora a cada minuto, não conseguimos sem sair daqui", disse a usuária Mari Bordin.

Outro turista também relatou as dificuldades nas praias de região, em estado de sítio durante a noite. "Estou com mais muitas pessoas em estado de sítio em Porto de Galinhas. A situação geral aqui está terrível. Tem gente desesperada, fazendo barricada nas portas. Tem gente passando fome e não sabemos o que fazer", apontou Diego Viegas no Twitter.

REAÇÕES

"Próprios eles que estão destruindo o lugar, ao invés de preservar. Todos eles dependem do turismo, se isso acabar, eles ficam sem o ganha pão. Ao invés de todos se reunir, e fazer o lugar crescer mais , para que outros lugares veja, mais não eles destrói. A prefeita já não faz nada por @portodegalinhas e agora que não vai fazer. Que Deus abençoe esse paraíso. Muito dependente do trabalho lá, vendedores e lojistas", disse um perfil que representa o balneário no Instagram.

Outras pessoas do local também afirmaram que turistas ficaram assustados com a situação em Ipojuca. "A praia cheia de turistas de outro país , assustados sem poder sair de lá. Desgoverno total!! @paulocamara40 . Estou hospedando um casal de Argentinos que estão em pânico sem saber o que fazer", comentou Tati Rigaud no Instagram.

PROTESTOS

Depois dos protestos nesta quinta-feira (31), o comércio amanheceu fechado na manhã desta sexta (1º) em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife. Apesar do reforço no policiamento, a maioria dos comerciantes não abriu as portas dos estabelecimentos. O Governo de Pernambuco enviou 250 homens ao local na noite desta quinta, mas poucas lojas funcionaram.

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