Porto de Galinhas: comércio reabre e movimento começa a voltar à normalidade após morte e protestos
Clima em Porto de Galinhas, um dos principais destinos turísticos de Pernambuco, foi de medo depois que uma menina morreu durante ação da polícia contra traficantes. Neste sábado, a tranquilidade está voltando
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Com informações da repórter Priscilla Cavalcanti, da TV Jornal
O clima é tranquilo no primeiro fim de semana depois da morte da menina Heloysa Gabrielly, 6 anos, baleada durante ação policial contra traficantes na comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Litoral Sul do Estado e um dos principais destinos turísticos de Pernambuco. Na manhã deste sábado (2), o comércio no Centro do balneário está totalmente aberto, com lojas funcionando. Bugueiros e jangadeiros também estão realizando passeios. Na faixa de areia, há barraqueiros instalados para atender os turistas. As piscinas naturais, bastante concorridas, voltam a ficar repletas de visitantes.
Comerciante há 10 anos, Socorro de Paula, 50 anos, vende chaveiros, artesanato e lembrancinhas em geral. "Nunca tinha visto o que aconteceu essa semana, ficamos aterrorizados. Mas melhorou, todos estão abrindo as lojas. Tive um prejuízo de mais de R$ 2 mil. Agora está mais tranquilo. Ainda estou temerosa, mas com a polícia e Deus no comando, tudo se resolve", comentou Socorro.
O casal Sandro Rodrigues e Catiane Fernandes, de Caldas Novas, Goiás, chegou no último domingo a Porto de Galinhas. Eles presenciaram cenas de protesto por causa da morte de Heloysa. Na quinta e na sexta-feira, o comércio fechou, pneus foram queimados e houve bloqueios em algumas ruas de Porto de Galinhas.
"Fizemos um passeio para Carneiros e não conseguimos entrar de volta para Porto, aguardamos até 23h no pedágio. Mas foi um incidente, não deveria ter acontecido e acho que não afetará o turismo. A cidade é fantástica e vamos voltar", garantiu Sandro, que veio passar férias em Pernambuco. O casal volta para Goiás neste domingo.
Itauane Vitória da Silva tem uma barraca à beira-mar, em Muro Alto. Montou o comércio logo cedo, na manhã deste sábado. "O movimento ainda está ruim, mas tenho esperança que volte ao normal", comentou. "Foram dias difíceis. Eu não montei a barraca, preferi não arriscar. Não sei de onde veio a ordem de não abrir. Só obedeci", afirmou Itauane.
REFORÇO
Para conter o avanço da violência em Porto de Galinhas, o governo de Pernambuco montou a Operação Porto Seguro. Na noite da última quinta-feira (31), foram enviados cerca de 250 policiais militares e civis para a praia e localidades da região. Segundo o secretário de Defesa Social, Humberto Freire, o efetivo ficará lá o tempo que for necessário.