TRÁFICO

'Fortaleza do tráfico' é desmontada pela Polícia Civil em operação no Cabo de Santo Agostinho

A ação foi uma continuidade da Operação de Repressão Qualificada Smurfing. Na casa, a polícia encontrou 28 câmeras de segurança, drogas, dinheiro e efetuou duas prisões

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JC

Publicado em 08/04/2022 às 20:06 | Atualizado em 08/04/2022 às 20:14
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A Polícia Civil de Pernambuco realizou, na última quinta-feira (7), o cumprimento de dois mandados de prisão na região do Cabo de Santo Agostinho, em continuidade à Operação de Repressão Qualificada Smurfing. A ação desmontou um grande ponto de tráfico de drogas, denominado de a “fortaleza do tráfico”.

Na operação, os policiais encontraram 28 câmeras de segurança com monitoramento de vídeo, que eram controladas por um presidiário, de dentro da cadeia, e que é apontado como o líder do grupo criminoso.

 

divulgação / Polícia Civil
Ação da Polícia Civil na Operação de Repressão Qualificada Smurfing, no Cabo de Santo Agostinho - divulgação / Polícia Civil

Ainda de acordo com a Polícia Civil, no local, também foram encontrados entorpecentes (crack, cocaína e maconha) e alguns objetos furtados. Em uma segunda residência, a equipe localizou mais drogas e significativa quantidade de dinheiro, em maços com cédulas de diferentes valores.

"A ação no Cabo de Santo Agostinho é um desdobramento da Operação de Repressão Qualificada Smurfing, que foi deflagrada em março. É a maior já realizada pela Policial Civil de Pernambuco", disse o delegado Ney Luiz Rodrigues. "Alguns alvos não foram localizados na operação, mas seguimos investigações. Ontem (5) conseguimos localizar e prender dois alvos nessa casa no Centro do Cabo, que são ligados ao casal que domina o tráfico no município", explicou.

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Polícia Civil desmontou a "fortaleza do tráfico", em Cabo de Santo Agostinho. Na casa, câmeras de segurança, drogas e dinheiro - divulgação / Polícia Civil

A investigação policial apontou que, além da liderança por esse indivíduo que cumpre pena no sistema penitenciário, o grupo era coordenado pela companheira dele, conhecida como “rainha do tráfico”. Enquanto o presidiário comandava através das câmeras de monitoramento, a sua mulher atuava coordenando nas atividades na rua.

"Ela é bastante temida, porque tem casos de homicídios ligados ao grupo, que age com extrema violência contra os traficantes rivais e com os usuários que não pagam as dívidas", contou o delegado Ney Luiz Rodrigues, ressaltando que eles também atuavam em Porto de Galinhas.

MOVIMENTAÇÃO

De acordo com a Polícia Civil, na casa que era a “fortaleza do tráfico” também funcionava uma espécie de churrasquinho, para disfarçar a real finalidade do local, mas que também utilizava para a venda das drogas. Somente nos últimos seis meses, a polícia descobriu uma movimentação de R$ 40 milhões. "Diariamente eles depositavam cerca de R$ 4 mil a R$ 5 mil", contou o delegado Ney Luiz.

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