METEOROLOGIA

Pernambuco deve registrar chuva acima da média em julho em algumas regiões. Saiba quais

Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) informa a previsão climática para os próximos meses em todo o Estado

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Katarina Moraes

Publicado em 13/07/2022 às 10:14 | Atualizado em 13/07/2022 às 15:39
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A previsão climática da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) indica uma maior probabilidade de chuvas no Agreste do Estado e de normal a acima do normal na Região Metropolitana Recife e na Zona da Mata de julho a setembro de 2022. No entanto, não se sabe em quanto a precipitação excederá a média histórica nestes meses.

Segundo o meteorologista Vinicius Gomes, os eventos mais intensos de chuvas em Pernambuco em 2022 estão ligados à continuidade dos fenômenos La Niña (resfriamento anormal das águas superficiais do oceano Pacífico) e Dipolo Atlântico (anomalia da temperatura do Oceano Atlântico).

“A temperatura do Oceano Atlântico é importante também para a gente porque é ele que margeia Pernambuco. Os dois fenômenos fazem com que tenhamos chuvas acima do normal”, explicou.

Naturalmente, a Região Metropolitana registra 314 milímetros acumulados de chuva em julho, 176,9 em agosto e 102,1 em setembro. Na Zona da Mata, os valores são de 200,9 (julho), 112,4 (agosto) e 59,8 (setembro). No Agreste, julho acumula 107,9 mm, 58,5 mm em agosto e 33,4 mm em setembro.

Assim, a previsão é que somente o Sertão - que registra 28,8 mm, 11,6 mm e 8,5 mm nos três respectivos meses - permaneça na média no trimestre. “Esse é o período mais seco no Sertão”, contou o meteorologista.

Balanço das chuvas de janeiro a maio

Segundo a Apac, as chuvas ficaram dentro da normalidade em grande área do Sertão e Agreste de janeiro a maio, e acima da média no Sertão do Pajeú, na RMR e Zona da Mata do Estado. Os maiores acumulados ocorreram no litoral, em particular nos municípios da Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata.

As chuvas nos últimos meses deste ano causaram inúmeros desastres e 132 mortes desde 25 de maio - a maioria em decorrência de deslizamentos de barreira, que têm a queda facilitada pelo solo molhado.

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