GOLPE PRECATÓRIOS: Entenda novo golpe aplicado sobre valores devidos pela Justiça
O golpe é do tipo conhecido como engenharia social, pois depende da anuência da vítima para funcionar
Criminosos estão se aproveitando do pagamento dos PRECATÓRIOS para aplicar um novo tipo de golpe. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) faz alerta para que os beneficiários do abono salarial não sejam alvo da máfia.
Segundo o órgão, estelionatários estão usando o nome de Tribunais de Justiça de todo o País, de magistrados, advogados e funcionários de Procuradorias para enganar quem tem direito a receber alguma quantia em dinheiro.
ENTENDA O GOLPE DOS PRECATÓRIOS
O golpe dos precatórios é do tipo conhecido como engenharia social, pois depende da “anuência” da vítima para funcionar.
Neste caso, é uma variação do conhecido "golpe do WhatsApp", em que a pessoa abordada é induzida a fazer um depósito ou Pix para o golpista. O estelionatário se passa, no geral, por alguém que conhece detalhes da ação que foi movida pela vítima, como o nome do advogado e o número do processo, por exemplo.
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O motivo da conversa é sempre uma novidade sobre o pagamento dos valores devidos com o ganho da causa. Na história contada, o dinheiro está para ser liberado, porque houve uma antecipação no pagamento, mas há alguma pendência que o indivíduo precisa resolver com certa urgência.
O presidente do TJPE, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueirêdo, enfatiza:"O TJPE não está entrando em contato com ninguém. Quem tem processos no setor de precatórios tem o acompanhamento de advogados e defensores públicos. Esses profissionais e os próprios servidores do TJ vão levantar a veracidade de cada caso, que pode ser apurado no próprio site do Tribunal."
De acordo com o desembargador, os criminosos procuram por vítimas vulneráveis. "Eles se valem exatamente das pessoas que têm menos informações e recursos financeiros, que pensam que seus problemas estão sendo resolvidos quando, na verdade, estão sendo aumentados com isso. Já denunciamos esse golpe à Polícia", afirma.
A Delegacia de Crimes Cibernéticos investiga os casos. O que tudo indica é que a mesma quadrilha organizada pode estar atuando no país inteiro.